O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, foi de 0,28% em agosto, 0,35 ponto porcentual acima da taxa de julho (-0,07%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde janeiro, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,73%.
Veja os números:
Dos nove pesquisados, sete registraram alta em agosto. A maior variação (1,08%) e o maior impacto (0,16 ponto porcentual) vieram de habitação.
Segundo o IBGE, a alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 ponto porcentual) contribuiu decisivamente para a elevação da inflação no grupo. Essa alta da energia foi influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%); em Porto Alegre (5,44%); e em São Paulo (4,21%).
IPCA-15 mostra alta da inflação em outros grupos
Também apresentaram alta os grupos saúde e cuidados pessoais (0,81%) e educação (0,71%), que contribuíram com impactos de 0,11 ponto porcentual e 0,04 ponto porcentual, respectivamente.
Entre os itens que tiveram queda, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,65%), que contribuiu com 0,14 ponto porcentual.
Os demais grupos ficaram entre a queda de vestuário (-0,03%) e a alta de despesas pessoais (0,60%).
No último Boletim Focus, os analistas de mercado projetaram alta da inflação em 2023, depois de mais de dez semanas de projeção de queda e de estabilidade.
O IPCA também não está superado? Temos que adotar um IPCA ‘político’.