O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou em agosto deflação de 0,73%, abaixo da taxa registrada em julho (-0,13%). O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, o IPCA-15, indicador considerado uma prévia da inflação, foi impactado no mês principalmente pela recente redução de preços nos setores de combustíveis e energia elétrica.
Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1991. Apesar da queda recorde, os preços nos setores de alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais continuaram subindo.
No ano, o indicador acumula alta de 5,02% e, nos últimos 12 meses, de 9,6% — abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa havia sido de 0,89%.
Calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, o IPCA-15 colhe dados de nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está na abrangência geográfica e no período de coleta, geralmente do dia 16 do mês anterior ao 15º dia do mês de referência.
Queda da gasolina impacta ajuda em deflação
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo da prévia da inflação, seis tiveram variação positiva. A queda da gasolina (-16,8%) influenciou o resultado no segmento de transportes, que teve a maior variação negativa (-5,24%).
Já a maior variação positiva veio de alimentação e bebidas (1,12%), influenciada principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%).
A queda nos preços dos combustíveis (-15,33%) foi causada não só pela gasolina, mas também pelo etanol (-10,78%), pelo gás veicular (-5,40%) e pelo óleo diesel (-0,56%).
Dentro do grupo transportes, outro item com variação negativa foi o das passagens aéreas (-12,22%), depois de alta em quatro meses consecutivos.
No lado das altas, os veículos próprios (0,83%) continuaram subindo: motocicleta (0,61%), automóvel novo (0,30%) e automóvel usado (0,17%).
Veja a inflação de agosto para cada grupo pesquisado:
Alimentação e bebidas: 1,12%
Habitação: -0,37%
Artigos de residência: 0,08%
Vestuário: 0,76%
Transportes: -5,24%
Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
Despesas pessoais: 0,81%
Educação: 0,61%
Comunicação: -0,3%
Os cães ladram e a economia despiora. Parabéns ao Ministro Guedes e valorosa equipe, apoiados por um grande governo. Competência é mostrar resultados. A crítica para ser válida tem que ser honesta, se puder.