Com o objetivo de conter a inflação em 2%, o Banco Central Europeu (ECB, na sigla em inglês) decidiu por aumentar as taxas de juros do euro em 0,25 ponto percentual (pp). A decisão foi tomada em reunião nesta quinta-feira, 14.
Esse já é o décimo aumento consecutivo das taxas de juros na Zona do Euro. A taxa para depósitos chega a 4%.
Em comunicado, a instituição informou que “o aumento da taxa reflete a avaliação do conselho do ECB relativos à perspectiva da inflação”
As projeções macroeconômicas de setembro indicam uma inflação média de 5,6% para 2023 na Zona do Euro, muito além da meta de 2%.
No começo do mês, o mercado precificou uma chance de 20% de acontecer esse aumento nas taxas de juros.
Entretanto, com informações mais recentes referentes a inflação, a probabilidade aumentou, e ontem os swaps apontavam uma chance de 68% de aumento nas taxas em 0,25 pp.
Como resultado desses aumentos na taxa de juros, que enfraquecem a economia, a expectativa é de um crescimento de 0,7% na economia europeia em 2023.
A presidente do ECB, a francesa Christine Lagarde, dará maiores detalhes sobre a elevação da taxa de juros na Zona do Euro em coletiva de imprensa programada para as 10h45 no horário de Brasília.
Taxas de juros na Zona do Euro e em alguns países
De modo geral, os bancos centrais do mundo todo estão tomando decisões parecidas à do ECB, de aumento de juros e contração monetária.
A delimitação das taxas de juros leva em consideração inúmeros indicadores. Entretanto, boa parte das políticas monetárias busca conter a inflação na meta estipulada.
Nesse sentido, na última reunião do Banco Central norte-americano, o Federal Reserve (FED) aumentou sua taxa de juros para um intervalo entre 5,25% e 5,5% pontos percentuais.
O Brasil, por sua vez, está com os juros constantes em 13,25%, indicando um possível momento de inflexão no crescimento da taxa no país.