As taxas de juros futuros sobem desde quarta-feira 9, depois da divulgação dos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro.
No contrato de janeiro de 2027, a taxa saiu de 12,33% na terça-feira 8 para 12,55% nesta quinta-feira, 10. A de janeiro de 2028 subiu de 12,32% para 12,66%. A de 2032, por sua vez, foi de 12,22% para 12,67%.
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Os títulos do Tesouro, os NTN-Bs, também foram impactados. Atrelados à inflação, eles refletem os juros reais. O contrato para 2027 chegou a 6,81% nesta quarta-feira, 9, o que evidencia estresse no mercado e preocupações com o aumento dos custos de financiamento do governo.
Alta da inflação puxou juros futuros
O gatilho para essas movimentações foi a inflação de setembro, que subiu para 0,44% no mês passado, depois de leve deflação de 0,02% em agosto.
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Anualmente, a inflação atingiu 4,42%, próximo ao teto da meta do Banco Central (BC), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual. A taxa de juros é o principal instrumento da autoridade monetária para controle de preços.
Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual, que passou a ser de 10,75% ao ano. Destacou, ainda, que futuras decisões dependerão dos dados econômicos, especialmente os de inflação.
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