Nesta quarta-feira, 7, o Bradesco anunciou um lucro líquido de R$ 16,2 bilhões em 2023. Isso representa uma redução de mais de 21% do que o registrado em 2022, quando o resultado da instituição financeira também havia encolhido 21%, para R$ 20,7 bilhões. O resultado está abaixo das estimativas do mercado, que era de R$ 18,09 bilhões.
“Não era o resultado que nós queríamos entregar”, disse Marcelo Noronha, presidente do Bradesco.
Noronha assumiu a presidência do Bradesco em novembro, ao substituir Octavio de Lazari Junior, que havia estado no comando do banco por seis anos. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a mudança de CEO marcou o início da reestruturação da instituição, que enfrenta queda de rentabilidade desde 2022.
Um dos principais indicativos de lucro do banco, o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado), ficou em 10% no final de 2023. Valor que está 3 pontos porcentuais abaixo do que havia sido registrado em dezembro de 2022 — e é o pior desde, ao menos, 2007.
Ainda segundo a Folha, a queda no lucro do banco se deveu ao aumento de 22,4% com despesas de provisão para devedores duvidosos. Além disso, houve redução de 4,3% da margem financeira bruta com os clientes.
De acordo com o presidente do banco, o Bradesco ainda tem de arcar com alta inadimplência gerada no âmbito da pós-pandemia. “Não vamos fazer maluquice alguma no crédito para entregar resultado por entregar.”
“O nosso desafio é o custo de servir com modelos adequados do custo de crédito”, afirmou Noronha. “Mas uma melhora mais expressiva só deve ser vista no segundo semestre, já como resultado do aumento do volume de crédito e da margem.”
Redução da carteira de crédito e reestruturação do Bradesco
A instituição financeira diminuiu a carteira de crédito em 1,6%, para R$ 877 bilhões. Isso porque houve uma redução de 3,6% nos empréstimos a pessoas físicas. Ademais, a inadimplência do banco segue alta, em 5,1%.
Com o objetivo de recuperar a rentabilidade, o Bradesco anunciou um plano de reestruturação, que já está em andamento. Auxiliado pela consultoria McKinsey, o banco cortou os cargos executivos intermediários e reduziu outros custos. Os executivos da empresa demonstram otimismo para este ano.
“O ano de 2024 vai ser um ano de transição para nós”, afirmou Noronha. “Vamos virar esse jogo.”
Outro foco é a digitalização, com a contratação de 3 a 4 mil novos funcionários, que serão voltados para a estrutura digital da instituição, que teve sua unidade de negócios separada da vertical de varejo físico. O grande objetivo é reduzir custos operacionais.
Esqueceram, que no comunismo, banco nâo vale nada.
Mesmo, sendo amigo do rei.