O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 12, que o governo pretende explorar o petróleo da Margem Equatorial, mas respeitando o meio ambiente. A declaração ocorreu durante um evento de investidores da Arábia Saudita no Rio de Janeiro.
Lula disse que a exploração, cuja liberação está atualmente parada no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), será um avanço significativo para o país.
“É importante ter em conta que nós, a hora que começarmos a explorar a chamada Margem Equatorial, sabe, que eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinário”, disse. “Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, mas não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer este país crescer.”
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia mencionado a “necessidade” de seguir o exemplo da Guiana na exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ele espera com “ansiedade e angústia” a avaliação da licença.
Ibama barrou exploração na Margem Equatorial
Em 2023, o Ibama negou a solicitação do governo para continuar a exploração na Margem Equatorial, que abrange a faixa litorânea ao norte do país.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que a discussão será retomada ainda neste ano. A greve da instituição já dura quatro meses. A Petrobras estima que a paralisação pode causar uma perda de 2% na produção de óleo em 2024.
Segundo a Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialistas em Meio Ambiente (Ascema), cerca de 90% dos 4.900 funcionários do meio ambiente aderiram à greve. As atividades em campo, como fiscalizações e vistorias, estão suspensas.
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