A Maersk, uma das principais empresas de transporte marítimo, está demitindo 10 mil pessoas. A dinamarquesa já despediu 6,5 mil funcionários em 2023, e planeja demitir outros 3,5 mil, principalmente no fim do ano.
As demissões devem ocorrer até 2024 e são uma resposta à queda da demanda e dos preços do frete, que têm impactado suas receitas.
Lucros da Maersk caíram 92%
A empresa mostrou que seus lucros caíram 92% em seus resultados trimestrais mais recentes. A queda está relacionado ao fim da pandemia, que havia aumentado a demanda pelo serviço.
“Nosso setor está enfrentando uma nova normalidade, com uma demanda moderada, preços de volta aos níveis históricos e pressões inflacionárias sobre nossa base de custos”, disse Vincent Clerc, o executivo-chefe da Maersk, em um comunicado.
Em agosto, a empresa alertou sobre um declínio mais acentuado na demanda global por contêineres marítimos este ano.
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“Desde o verão, temos observado excesso de capacidade na maioria das regiões, provocando quedas de preços e nenhum aumento perceptível na reciclagem ou atividade de navios”, explicou Clerc. “Dados os tempos difíceis que se avizinham, aceleramos diversas medidas de contenção de custos e de caixa para salvaguardar o nosso desempenho financeiro.”
De acordo com seu comunicado, a empresa estima que as demissões farão com que ela economize US$ 600 milhões no próximo ano, o equivalente a mais de R$ 2,9 bilhões. Ela não revelou, ao menos por enquanto, as áreas dos cortes ou os tipos de funções.
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A Maersk controla cerca de um sexto do comércio global de contêineres. Ela reduziu sua equipe de 110 mil pessoas para 103,5 mil pessoas este ano.
“Continuamos dedicados à nossa estratégia de satisfazer as necessidades diversificadas da cadeia de abastecimento dos nossos clientes”, declarou ainda Clerc. “Ao mesmo tempo, procuramos oportunidades de crescimento nos nossos negócios de terminais e logística.”