Segundo um balanço divulgado nesta segunda-feira, 21, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado imobiliário fechou 2021 com resultados positivos nos três principais indicadores — vendas, lançamentos e oferta final —, na comparação com o ano anterior.
O crescimento da venda de imóveis no Brasil no ano passado foi de 12,8%, de acordo com o levantamento. Em 2021, foram comercializadas 261,4 mil unidades, ante 231,7 mil em 2020.
Apesar do bom resultado anual, o quarto trimestre de 2021 registrou queda de quase 10% nas vendas em relação ao mesmo período de 2020. Entre outubro e dezembro do ano passado, foram vendidas 65,2 mil unidades (menos que as 72,2 mil do último trimestre de 2020).
Em relação aos lançamentos, a alta foi de 25,9% de um ano para outro: 265,6 mil imóveis lançados em 2021, ante 211 mil de 2020.
No último trimestre do ano passado, o avanço foi de 1,9%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A oferta final de imóveis, por sua vez, teve alta anual de 3,8% — mesmo porcentual de crescimento do quarto trimestre nesse quesito.
Mercado imobiliário resiste
Reportagem publicada por Oeste em janeiro já havia antecipado que, apesar dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira nos últimos dois anos, o mercado imobiliário chamava atenção por sua resiliência. O segmento, que resistiu ao auge da crise sanitária, fechou 2021 em alta e aponta para boas perspectivas para este ano.
“Podemos dizer que 2021 foi o ano do mercado imobiliário, como reflexo daquilo que aconteceu em 2020. Tivemos um ano no qual as pessoas compraram”, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “É importante lembrar que o imóvel é um bem para entrega futura. O emprego de hoje é a venda de ontem e a venda de hoje é o emprego de amanhã.”
Segundo um estudo realizado pela CBIC e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, as vendas aumentaram 22,5% no acumulado entre janeiro e setembro de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De 2019 para 2020, o crescimento do indicador havia sido de 16%. Já entre 2019 (no pré-pandemia) e 2021, as vendas subiram 42%, e os lançamentos, quase 25%.