Na primeira sessão depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que elevou a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) de 6,25% para 7,75% ao ano, o dólar fechou em alta nesta quinta-feira, 28.
Apesar de a subida dos juros ter sido prevista e comemorada pelo mercado como medida importante para diminuir a pressão inflacionária, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,26% em relação ao real, negociada a R$ 5,62. Ontem, o dólar fechou em queda de 0,3%, a R$ 5,55.
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Segundo analistas, parte do mercado ainda considerou a elevação de 1,5 ponto percentual na taxa Selic insuficiente para afastar totalmente os riscos fiscais do país.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão de hoje em queda de 0,6%, voltando a ficar abaixo do patamar de 106 mil pontos (aos 105,7 mil). Ontem, a Bolsa fechou praticamente em estabilidade (recuo de 0,05%), aos 106,3 mil pontos.
Selic
Com o anúncio do BC, a taxa básica e juros da economia brasileira chegou ao maior patamar em quatro anos. Em outubro de 2017, a taxa foi reduzida de 8,25% para 7,5% ao ano. O aumento de 1,5 ponto porcentual superou as expectativas de grande parte dos analistas, que projetavam uma alta de 1,25% (para 7,5% ao ano).
Esta foi a sexta alta consecutiva e a maior anunciada em uma reunião do órgão desde dezembro de 2002 — na ocasião, às vésperas da posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, o aumento foi de 22% para 25%.