Preocupações ambientais e com direitos humanos fizeram com que mineradora e energética fossem sacadas de fundo soberano do país
O fundo soberano da Noruega retirou nesta quarta-feira a Vale e a Eletrobras de sua lista de empresas a receber investimentos. No total, o país europeu investe cerca de US$ 1 trilhão por ano.
A justificativa para retirar a Vale veio dos desastres ambientais causados pela companhia no Brasil, que mataram centenas de pessoas.
Já com relação à Eletrobras, o fundo norueguês alegou um “risco inaceitável” de contribuição para violações graves ou sistemáticas dos direitos humanos.
Nenhuma das duas companhias comentou o caso.
A Vale vem tentando recuperar sua imagem, bastante desgastada desde o rompimento da barragem de Brumadinho, que matou 270 pessoas em 2019. A mineradora fluminense investiu para tratar água contaminada, prometeu desativar barragens em situação de risco e trocou o diretor-executivo.
Já a Eletrobras pode entender a retirada como um lembrete da opinião de ambientalistas sobre o projeto de Belo Monte. No relatório do fundo soberano da Noruega, o Conselho de Ética gestor apontou que a usina fez com que houvesse “aumento da pressão sobre as terras indígenas, desintegração das estruturas sociais dos povos indígenas e deterioração de seus meios de subsistência”.
Será que eles vão excluir do fundo a Norsk Hidro (empresa estatal Norueguesa) pelos acidentes ambientais em Barcarena? A indústria do alumínio é uma das mais poluentes do mundo. É muita hipócrisia.
Azar dos Noroegueses, eu também farei meu boicote, não comerei Bacalhau e nem Salmão, muito menos caviar da Noruega.