O novo plano econômico foi divulgado pelo governo na última quarta-feira, 22, e é uma tentativa de retomada econômica pós pandemia
O programa, que será conduzido pelo general Walter Braga Netto, prevê a criação de um milhão de empregos e é sustentado na reativação de obras públicas com recursos do Tesouro, como forma de evitar uma escalada do desemprego.
Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo deste sábado, o economista Marcos Mendes compara o novo programa, que prevê aumento do investimento público com isenção do teto dos gastos, com a política instituída a partir de 2010, que levou o país à queda de 7% no PIB entre 2014 e 2016. “O que se viu foi investimento público malfeito, com base em projetos apressados, queda de produtividade e disparada da dívida pública”, afirmou.
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E pondera, acertadamente, que em 2010, o Brasil desfrutava de um cenário fiscal mais positivo, colhia os benefícios do boom de commodities, somado ao crescimento econômico mundial. O que será da execução de um plano, segundo Mendes, com um País que sairá da pandemia com uma dívida e o déficit do governo em 90% e 8% do PIB, respectivamente?
Ainda, o economista chama a atenção para a inadequada comparação do programa Pró-Brasil com o Plano Marshall, programa que injetou dinheiro público dos EUA na reconstrução da infraestrutura da Europa após a 2ª Guerra Mundial. Eis algumas razões: 1) O Plano Marshall tinha um “financiador”, no caso os EUA, para injetar dinheiro nos países europeus. Que país seria o patrono do Brasil?; 2) O cenário mundial pós-guerra era outro, com os governos acostumados a políticas intervencionistas e com o temor do mercado por outra depressão, como a de 1929; 3) A contrapartida e a fiscalização, inexistentes no programa brasileiro: “O uso do dinheiro tinha que ser aprovado pelos americanos, que eram os gestores do plano, e o faziam com mão de ferro”, explica Mendes.
O Pró-Brasil encontra resistência da equipe econômica do governo, que diverge do aumento de gastos públicos. O Ministro Paulo Guedes pretende estimular a atividade econômica pela concessão de crédito, buscando saídas de mercado para resolver o impasse em torno de garantias para que empresas de todos os portes possam acessar instituições bancárias público e privadas em busca de linhas de crédito.
Para o economista Marcos Mendes, no Plano Marshall, o setor privado foi o responsável pelo sucesso econômico. O Brasil parece caminhar na direção oposta, ao onerar ainda mais os cofres públicos com programas que flertam com a irresponsabilidade fiscal.
Se sair o Guedes governo acaba !!!!
Votei no Bolsonaro por ele era a maior chance de derrotar o PT e a sua quadrilha, objetivo alcançado. Qdo ele escolheu o Moro e o Guedes para Ministros achei que o Governo poderia dar mais do que a minha espectativa. O Moro saiu, fará falta mas o país segue andando. A saída do Guedes, na minha opinião, será o fim deste Governo.
O intervencionismo keynesiano – com fortes investimentos em infraestrutura – mostrou-se eficiente para gerar empregos (e renda) após a crise econômica provocada pelo Crash da Bolsa de NY. Contudo, os norte-americanos, fortemente influenciados pelo Liberalismo econômico, nunca dispensaram o setor privado como verdadeiro indutor da produção e do crescimento.
Além disso, Guedes tem alertado quanto a “responsabilidade fiscal”. Lembremo-nos de que foram as “pedaladas” da Dilma/Mantega que potencializaram a crise, o desemprego e a recessão gestados nos desgovernos petistas.
Deveria dosar:
Investimentos públicos moderados e linhas de créditos arrojadas.
Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega! Qual a solução?