O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, divulgado nesta quarta-feira, 10, mostrou que este setor do comércio do Rio Grande do Sul subiu 7% em junho de 2024, em comparação com o mês anterior, maio.
O Estado enfrentou fortes chuvas e enchentes no quinto mês do ano, fato que fez a atividade recuar 1,1% no comparativo de 12 meses. Embora a pesquisa mostre alta, o pesquisador econômico e cientista de dados Matheus Calvelli avalia que somente dados de julho podem confirmar a tendência.
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“O comércio do Rio Grande do Sul apresentou forte desempenho nos primeiros 15 dias de junho, mas estabilizou ao longo do mês”, disse Calvelli. “Ainda será preciso esperar os dados de julho para confirmar a recuperação no varejo gaúcho.”
Além do Rio Grande do Sul, como está o varejo no Brasil?
O Rio Grande do Sul teve o segundo melhor desempenho do país em junho, atrás somente do Maranhão, que registrou alta de 9,1%. Outros oito Estados se destacaram com resultados positivos no mês. São eles: Amazonas (6,1%), Roraima (5,2%), Pará (2,2%), Sergipe (2%), Acre (0,8%), Mato Grosso (0,5%), Mato Grosso do Sul (0,1%) e Pernambuco (0,1%).
Enquanto houve estabilidade de 0,0% no Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Distrito Federal, as outras 14 Unidades Federativas tiveram resultados negativos. Entre elas, as que registraram os maiores déficits foram Rondônia (-13%), Alagoas (-9,9%), Piauí (-5%), Santa Catarina (-3,8%), Ceará (-3%), Amapá (-1,6%), Paraíba (-1,6%), Bahia (-1%), Paraná (-0,8%) e Espírito Santo (-0,8%).
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A pesquisa da Stone mostra ainda que o setor do varejo no Brasil cresceu 0,3% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o ano passado. Em junho, o comércio apresentou estabilidade, com variação negativa de 0,1%.
O estudo analisou seis segmentos do setor e identificou que três registraram alta mensal e outros três, queda. O pódio positivo tem, em ordem, os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (1,7%); tecidos, vestuário e calçados (0,6%); e material de construção (0,5%).
Já os setores com resultado negativo são: artigos farmacêuticos (-1,0%); móveis e eletrodomésticos (-0,6%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).