Empresa francesa desistiu de explorar poços em águas ultraprofundas no local após recife ter a existência comprovada e ambientalistas passarem a vigiar projetos
Apesar de divulgar nota à imprensa em que afirma que a compra dos blocos de água ultraprofunda da Total na Foz do Amazonas “está em linha com o processo de gestão de portfólio da Petrobras, que visa à maximização de valor para seus acionistas, priorizando investimentos em ativos de classe mundial”, a estatal brasileira aparentemente decidiu ignorar os problemas que a região trouxe tanto à companhia francesa quanto à BP.
Os ativos foram arrematados ainda em 2013 pelo consórcio das duas empresas, que, contudo, até agora não conseguiu iniciar a exploração da região.
A Total enviou quatro pedidos de licença para perfuração ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até 2018. Todos foram rejeitados.
De acordo com geólogos, a região pode conter até 14 bilhões de barris de petróleo, mais que as reservas provadas do Golfo do México, uma “fronteira exploratória de alto potencial”, segundo a estatal brasileira ao anunciar a compra da participação nesta segunda-feira, 28.
Só há um problema: ambientalistas comprovaram a existência de um enorme coral de recifes nas redondezas da costa do Amapá, exatamente onde essa mina de “ouro negro” se localiza. E agora atuam fortemente para que não seja possível a exploração dos poços na região.
Ainda hoje, o Greenpeace comentou que a riqueza natural dos recifes do Rio Amazonas seria poupada se tanto a Petrobras quanto a britânica BP abrissem mão de explorar petróleo por ali. Pelo visto, os acionistas vão demorar um bom tempo para conseguir maximizar o valor dessas ações.
Duvido muito dessa “comprovação”. Enquanto essa moçada bebe cerveja Heineken no gargalo, na Amazônia tem gente comendo macaco e formigas.
É impressionante o poder dos ambientalistas. O Golfo do México é um local onde mais há corais e águas límpidas, contudo a exploração de petróleo lá gigantesca. Ou seja, uma estupidez.