O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta segunda-feira, 23, uma revisão de seu estatuto social. Depois do anúncio, as ações da empresa chegaram mais de 4%. Agora, em comparação com o fim do pregão de sexta-feira 20, a desvalorização está na casa dos 2%.
Isso se explica pela maneira que mercado enxerga as propostas de alterações significativas no repasse de dividendos e indicações para cargos na Petrobras.
O board propõe duas mudanças na petrolífera: a criação de reserva de remuneração de capital; e o fim da proibição da indicação de pessoas politicamente expostas para cargos na companhia.
Na primeira alteração, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, defendeu a ideia de que a utilização dos lucros seriam para investimentos e proventos aos acionistas.
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“Assegurar recursos para o pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio, suas antecipações, recompras de ações, absorção de prejuízos e, como finalidade remanescente, a incorporação ao capital social”, afirmou a empresa.
A segunda mudança é a retirada do estatuto da regra que proíbe a indicação de pessoas politicamente expostas.
A regra surgiu com a Lei das Estatais para evitar intervenções políticas. Atualmente, ela proíbe indicação política para cargos da direção e do conselho de administração. O que não se aplica ao cargo de diretor-presidente — até assumir o cargo no início do ano, Jean Paul Prates era senador pelo PT do Rio Grande do Norte.
Mercado enxerga com amargor gestão da Petrobras sob PT
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Essas movimentações são vistas pelo mercado como um retrocesso na governança da estatal, ainda mais com o histórico político em gestões passadas do PT.
As ações da empresa caíram com o anúncio da notícia. No sell side, a leitura é que as mudanças darão mais flexibilidade para não pagar dividendos.
“Antes, tinha que chamar uma AGE, e criar uma reserva com um plano de investimento atrelado,” disse a XP Investimentos. “Agora, parece que vão ter mais flexibilidade para segurar o dinheiro em caixa se assim desejarem.”
O banco de investimentos Goldman Sachs criticou as mudanças propostas pelo conselho da Petrobras. Para ele, isso “aumenta as incertezas na nossa projeção para o pagamento de um dividendo extraordinário.”
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O diretor financeiro da Petrobras, Sergio Leite, já havia dito aos analistas numa reunião recente que essa era uma possibilidade estudada pela empresa.
A mudança do fim da proibição de indicação política aconteceu uma semana depois do deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) ter entrado com uma ação popular. No pedido, há a solicitação do afastamento de três conselheiros. O parlamentar argumenta que as indicações não seguiam o estatuto da empresa.
A mudança também acontece depois do ex-ministro Ricardo Lewandowski ter suspendido, ainda enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) alguns trechos da Lei das Estatais. Em decisão monocrática, o então magistrado possibilitou que a Petrobras retornasse aos rumos que outrora trilhou.
Vai começar o Petrolão 2.
Corrupção à vista.
Acredito que a notícia poderia ser melhor investigada, pois tenho quase a certeza de que a Petrobrás está sendo pressionada pelo PT e demais partidos terroristas.
Não espero nada de bom desse Prates e do desgoverno.
A roubalheira não para. Parasitas em ação