No segundo trimestre de 2024, a Petrobras registrou o pior desempenho entre as maiores empresas de petróleo e gás do mundo, com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões (US$ 344 milhões). O levantamento é do jornal Poder360.
Além da Petrobras, a British Petroleum (BP) também teve prejuízo, mas menor, de US$ 129 milhões. Em contraste, a Saudi Aramco liderou com uma receita de US$ 116 bilhões e lucro de US$ 29 bilhões, seguida pela ExxonMobil com US$ 9,2 bilhões e Shell com US$ 6,3 bilhões.
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Apenas Aramco e ExxonMobil aumentaram seus lucros em comparação com o primeiro trimestre de 2024. A desvalorização do petróleo e a queda nas vendas de derivados foram citadas como razões para a redução de lucros pela Petrobras e outras empresas.
A TotalEnergies viu seu lucro cair de US$ 5,4 bilhões para US$ 3,8 bilhões, enquanto a Equinor teve uma redução de US$ 2,7 bilhões para US$ 1,9 bilhão.
Além de fatores globais, a Petrobras enfrentou desafios internos. O prejuízo de US$ 344 milhões foi o pior em quase quatro anos. No entanto, a receita cresceu 7,4% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo R$ 122 bilhões (US$ 23,4 bilhões), apesar da queda nas vendas de combustíveis.
Petrobras tem aumento das despesas operacionais
As despesas operacionais da Petrobras aumentaram 69,9% em um ano, totalizando R$ 26,5 bilhões. Um acordo para encerrar processos no Conselho Administrativo De Recursos Fiscais (Carf) adicionou R$ 19,8 bilhões em despesas, com um pagamento inicial de R$ 3,57 bilhões em junho e seis parcelas mensais de R$ 1,38 bilhão de julho a dezembro.
Outros R$ 6,65 bilhões foram pagos através de depósitos judiciais e R$ 1,29 bilhão veio de créditos fiscais. O diretor financeiro Fernando Melgarejo destacou a variação cambial e a adesão à transação tributária como eventos que impactaram o resultado contábil, mas não o caixa da empresa. Sem esses eventos, a Petrobras teria registrado um lucro líquido de US$ 5,4 bilhões.
A presidente Magda Chambriard afirmou que a geração de caixa aumentou e o endividamento permaneceu controlado. Ela explicou que “eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda e a volatilidade cambial, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna, afetando também o resultado do trimestre”.
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