A Petz anunciou, nesta sexta-feira, 16, que finalizou um acordo de fusão com a Cobasi, depois de mais de três anos de negociações. Segundo a empresa, o objetivo da fusão é aprimorar a experiência dos clientes, o que combina as práticas das duas companhias.
Ambas as empresas têm uma receita líquida conjunta de R$ 6,9 bilhões. As varejistas vão ofertar mais de 20 marcas próprias em categorias como higiene, alimentação e lifestyle animal.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
A fusão prevê corporações anuais, com ganhos de eficiência estimados entre R$ 230 milhões e R$ 330 milhões de Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — incremental.
A nova entidade será listada no novo mercado e espera capturar cerca de 11% do market share — participação — do mercado de pets no Brasil. A rede combinada contará com mais de 140 cidades e aproximadamente 494 lojas.
Em abril, as empresas haviam assinado um memorando de entendimentos não vinculante para a possível fusão. As negociações se intensificaram no início deste ano, o que culminou em um acordo sobre a relação de troca e governança da nova companhia.
Leia também:
Os acionistas da Petz deterão 52,6% das ações da nova empresa, enquanto os acionistas da Cobasi ficarão com os 47,4% restantes. No fechamento, cada ação ordinária da Petz dará direito a 0,0090445 ação ordinária emitida pela Cobasi, conforme a relação de troca estabelecida.
Petz vai pagar R$ 400 milhões para acionistas
Além disso, a Petz vai pagar aos acionistas uma parcela em dinheiro de R$ 400 milhões. A empresa vai pagar R$ 130 milhões do valor como dividendos, antes da conclusão da fusão. A companhia vai pagar os R$ 270 milhões restantes, ajustado pela taxa CDI, proporcionalmente à participação de cada acionista no capital social da Petz na data de fechamento.
A Petz informou à Comissão de Valores Mobiliários que baseou a assinatura do acordo em premissas que incluem a não geração de Imposto de Renda sobre ganho de capital com a incorporação de ações. A operação ainda precisa da aprovação dos acionistas das duas empresas, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de outras condições habituais.
Sergio Zimerman, fundador da Petz, e a família Nassar, da Cobasi, devem firmar um acordo de acionistas com validade de oito anos. O voto dos signatários do acordo será em bloco.
Paulo Nassar será o diretor-executivo da empresa combinada, enquanto Sergio Zimerman assumirá a presidência do conselho de administração.
Nove membros devem compor o colegiado inicial: quatro indicados por Zimerman, o que inclui dois independentes, e cinco pela família Nassar e Kinea, também com dois independentes. Serão estabelecidos comitês financeiro, de auditoria, de estratégia, recursos humanos e sustentabilidade.
Na pratica isso ja acontecia a um bom tempo – so passaram para o papel legalizando a coisa toda, pois a ‘concorrência’ entre ambos era mínima, coisa para “inglês ver”. Espero que os preços melhorem, mas, pelo andar das coisas, agora sim não terão com quem competir nos preços – ou compra la ou la mesmo.