De acordo com a Comissão Europeia, Grécia, Itália e Espanha serão os países mais afetados
A Comissão Europeia divulgou nesta quarta-feira que a economia da zona do euro deve recuar 7,7% em 2020 por causa dos efeitos da pandemia do coronavírus. O órgão também espera que a inflação seja ínfima e que o déficit orçamentário e a dívida pública tenham aumentos substanciais.
O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Financeiros, Paolo Gentilioni afirmou que: “A Europa está passando por um choque econômico sem precedentes desde a Grande Depressão”.
De acordo com o noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, ele também disse que: “A profundidade da recessão e a força da recuperação serão irregulares, condicionadas à velocidade com que as restrições podem ser suspensas, a importância de serviços como turismo em cada economia e pelos recursos financeiros de cada país”.
Como projeta a Comissão Europeia, a inflação deverá fechar o ano em 0,2%, em razão dos preços estagnados para o consumidor. Ela deve subir para 1,1% em 2021, em razão do crescimento projetado de 6,3% do PIB da zona do euro. O investimento deve recuar profundamente este ano, 13,3%.
O déficits orçamentários da zona do Euro, que fecharam em 0,6% em 2019, devem ir a 8,5% do PIB este ano. Em 2021, é projetado que eles devem ficar em 3,5% do PIB.
A dívida pública deve passar da totalidade do PIB da zona do euro, fechando 2020 em 102,7%. No ano passado, ela ficou em 86% e é esperado que feche 2021 em 98,8%.
A Grécia, Itália e Espanha devem ser os países mais afetados. Os seus PIB devem cair 9,7%; 9,5% e 9,4%, respectivamente. Luxemburgo Malta e Áustria devem ser os menos atingidos.
Hoje também foi divulgado que as vendas do varejo na zona do euro tiveram o pior março da história.