A economia do Brasil deve fechar o ano com um déficit primário do governo federal em 1% do Produto Interno Bruto (PIB), representando uma recuperação na trajetória das contas públicas.
“Isso é um das maiores reversões do mundo. Ter só 1% neste ano é um feito extraordinário. Estamos cortando na carne para que sobre mais dinheiro para que chegue ao bolso do povo brasileiro com o Auxílio Brasil”, disse o secretário especial do Ministério da Economia Carlos da Costa, em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan.
Para Costa, 2022 continuará a ser um ano desafiador. “Precisamos continuar no mesmo rumo, com reformas, melhorando o ambiente de negócios, abrindo mercado para a competição e com investimentos privados para a infraestrutura”, afirmou.
Com a recente alta da taxa de juros da economia, o Banco Central alertou o governo para não descuidar do lado fiscal, caso contrário a taxa de juros continuará alta e poderá crescer, se as despesas não pararem de subir.
“O Brasil está destravando os investimentos por meio da lei de liberdade econômica. A lei de ambiente de negócios causou uma transformação na possibilidade de as empresas fazerem negócios, e não é à toa que criamos 1,4 milhão de novas empresas em apenas três meses”, argumentou o secretário.
“O que estamos fazendo é colocar travas ao total de gastos e estamos trabalhando para isso”, concluiu Costa.
Apesar dos esforços, o Brasil continua sendo um país de privilegiados. Enquanto alguns setores conseguem desoneração e alguns funcionários públicos conseguem aumento muito superior a inflação, o resto dos empreendedores e funcionários públicos e privados ficam com o sentimento de injustiça. Isso fere a cidadania.