O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que indica a prévia da inflação oficial do Brasil, fechou em 0,30% em julho, queda de 0,09 ponto porcentual (p.p.) em relação ao mês passado, quando o índice ficou em 0,39%. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, a prévia da inflação ainda acumula alta de 4,45% nos últimos 12 meses, acima dos 4,06% observados no mesmo período até junho.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação veio de transportes (1,12% e 0,23 p.p.), seguido por habitação (0,49% e 0,07 p.p.).
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Por sua vez, o grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%. As demais variações ficaram entre o -0,08% de vestuário e o 0,33% de saúde e cuidados pessoais.
Habitação e transportes lideram altas de prévia da inflação
No grupo habitação (0,49%), a alta no IPCA-15 foi influenciada, segundo o IBGE, pela energia elétrica residencial (1,20% e 0,05 p.p.), que está em bandeira tarifária amarela.
Ainda em habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,22%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 9,85% em Brasília (5,02%), a partir de 1º de junho; e de 2,95% em Curitiba (0,09%), a partir de 17 de maio. No subitem gás encanado (-0,28%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,93%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho.
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No grupo transportes (1,12% e 0,23 p.p.), as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 p.p. no índice de julho. Em relação aos combustíveis (1,39%), gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.
Quanto aos índices regionais, dez áreas de abrangência tiveram alta em julho. A maior variação foi observada em Brasília (0,61%), por conta das altas da passagem aérea (13,68%), da taxa de água e esgoto (5,02%) e da gasolina (2,94%). Já o menor resultado ocorreu no Recife (-0,05%), que registrou queda nos preços do tomate (-37,13%) e da cenoura (-28,27%).
Por outro lado, no grupo alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio recuou 0,70% em julho. Contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). No lado das altas, destacam-se o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).
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A alimentação fora do domicílio (0,25%) também desacelerou em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,80% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho).
Esse desgoverno é uma tragédia.