A prévia da inflação divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou a maior alta para novembro em quase 20 anos, desde 2002.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,17%. A variação em novembro de 2002 foi de 2,08%. Em outubro, a prévia da inflação foi de 1,2%.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 9,57% em 2021. No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação é de 10,73% — acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O centro da meta de inflação é de 3,75% e, pelo sistema vigente no país, ela será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Gasolina
Responsável pelo maior impacto individual no IPCA-15 em novembro (0,4 ponto percentual), a gasolina registrou alta de 6,62% no período. O setor de transportes teve a maior variação (2,89%) entre os grupos pesquisados. Neste ano, o combustível acumula alta de 44,83% e, em 12 meses, de 48%.
Projeção de inflação
Como noticiado por Oeste, a última edição do Boletim Focus, do Banco Central (BC), projetou que a inflação oficial do país deve terminar este ano em para 10,12%. Foi a 33ª semana consecutiva de alta do indicador, segundo o relatório.
Caso esse prognóstico se confirme, será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 10,67%.