A produção industrial de São Paulo caiu 1,8% em julho, na série com ajuste sazonal. As informações estão na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 13.
O Estado, que representa 33% da produção industrial, interrompeu três meses consecutivos de avanços, quando acumulou alta de 4,1%.
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“A queda de 1,8%, acima da média nacional, acabou eliminando parte do crescimento acumulado no período”, afirma o analista da pesquisa, Bernardo Almeida. “A indústria farmacêutica influenciou negativamente o resultado da produção paulista. Com esse resultado, a indústria local ainda se encontra 2,2% acima do patamar pré-pandemia.”
Na comparação com julho de 2023, a indústria paulista avançou 5,4%, ritmo abaixo da média brasileira de igual período, que foi de 6,1%. Em 2024 até julho, o crescimento foi de 4,7% em São Paulo e de 3,2% no Brasil.
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Produção industrial brasileira encolheu
Ao todo, três dos 15 locais pesquisados no país tiveram taxas negativas em julho. Além de São Paulo, o resultado foi puxado pelos Estados do Pará (-3,8%) e Bahia (-2,3%). Já os avanços mais significativos foram registrados no Amazonas (6,9%) e no Espírito Santo (5,8%).
Paraná (4,4%), Pernambuco (4,2%), Região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Ceará (1,9%), Mato Grosso (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Santa Catarina (1,3%), Goiás (1,2%) e Rio Grande do Sul (0,8%) completam a lista de resultados positivos em julho.”
“É preciso salientar que o resultado regional não esgota o resultado do Brasil, ou seja, uma parte da produção nacional não é vista pelos resultados regionais, já que são apenas 15 locais pesquisados”, diz Almeida.
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Ele ressalta que o recuo de 1,4% está concentrado nas atividades com maior peso dentro da amostra nacional. Houve queda também nos setores de produtos derivados de petróleo, no setor extrativo e de alimentos.
O Pará, que representa 4,1% da produção industrial nacional, voltou a recuar depois de registrar crescimento nos meses de junho e maio de 2024, período em que acumulou ganho de 25,3%.
A indústria local foi afetada por queda no setor de minerais não metálicos. Na indústria da Bahia, com queda de 2,3%, os setores de produtos químicos e celulose influenciaram negativamente. O Estado responde por 3,9% da produção nacional e acumulou perda de 7,9% em dois meses seguidos de queda na produção.
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Ele observa que, nos últimos meses, a indústria vem apresentando comportamento oscilante. No mês anterior, o crescimento de 4,1% ocorreu em um movimento natural de recuperação da indústria, impulsionado pela retomada de plantas industriais do Rio Grande do Sul.
O analista diz ainda que essa nova queda em julho está relacionada a condições macroeconômicas desfavoráveis.