No mês de agosto, a produção industrial no Brasil apresentou uma leve variação positiva de 0,1% em comparação a julho, conforme a série com ajuste sazonal. Entre os 15 locais analisados, cinco registraram crescimento em suas taxas de produção.
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Destacaram-se Ceará e Minas Gerais, com avanços mais expressivos de 2,7% e 1,8%, respectivamente. Bahia (0,8%), Mato Grosso (0,8%) e Rio de Janeiro (0,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos.
Por outro lado, os Estados do Pará e Paraná mostraram quedas significativas, ambos com uma retração de 3,5%, seguidos pelo Rio Grande do Sul, que diminuiu 3%. Essas regiões enfrentaram os maiores desafios no período.
Já a média móvel trimestral apresentou aumentos nos resultados em oito dos 15 locais, com as maiores expansões verificadas no Rio Grande do Sul (8,7%), Minas Gerais (2,9%) e Espírito Santo (2,3%).
Resultados da média móvel trimestral na produção industrial no Brasil
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria nacional cresceu 2,2% em agosto, com 12 dos 18 locais pesquisados registrando resultados positivos. Ceará liderou esse crescimento, com alta de 17,3%, impulsionada principalmente por setores como calçados e produtos químicos.
Desempenho acumulado no ano
No acumulado do ano, até agosto, a produção industrial nacional teve um crescimento de 3%. Esse avanço foi acompanhado por 16 dos 18 locais pesquisados, com destaque para o Rio Grande do Norte, que registrou um aumento de dois dígitos, atingindo 13,7%, devido ao desempenho do setor de combustíveis e biocombustíveis.
Ceará (17,3%), Pará (16,9%) e Mato Grosso do Sul (12,4%) assinalaram as expansões de dois dígitos, as mais acentuadas nesse mês, impulsionadas, em grande parte, pelas seguintes atividades:
- artefatos do couro;
- artigos para viagem e calçados (calçados esportivos de couro e calçados masculinos de plástico moldado e de couro);
- produtos químicos (herbicidas e inseticidas – ambos para uso na agricultura);
- produtos têxteis (fios de algodão retorcidos, tecidos de algodão tintos ou estampados, tecidos de algodão crus ou alvejados, fitas de tecidos e tecidos de malha de fibras sintéticas ou artificiais);
- confecção de artigos do vestuário e acessórios (calcinhas de malha, cintas-sutiãs e sutiãs), no primeiro local;
- de indústrias extrativas (minérios de ferro, de manganês e de cobre – em bruto ou beneficiados);
- produtos derivados do petróleo;
- biocombustíveis (álcool etílico); e
- celulose, papel e produtos de papel (celulose).
Além disso, Ceará e Minas Gerais continuaram a mostrar consistência em seu crescimento, enquanto Pará e Paraná enfrentaram desafios significativos. Esses Estados, juntamente com o Rio Grande do Sul, voltaram a registrar quedas depois de períodos de crescimento nos meses anteriores, o que reflete uma volatilidade na produção local.
Índice de média móvel trimestral
Em relação ao mês anterior, o índice de média móvel trimestral para a indústria aumentou 1% no trimestre encerrado em agosto. Entre os locais pesquisados, Rio Grande do Sul e Minas Gerais destacaram-se com as maiores taxas de crescimento, enquanto Bahia e Goiás mostraram retração.
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Comparando com agosto de 2023, Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul tiveram expansões de dois dígitos, impulsionadas por atividades-chave como calçados, produtos químicos e indústria extrativa. Minas Gerais e Bahia também superaram a média nacional, demonstrando desempenho robusto.
Desempenho regional em agosto
Por outro lado, o Rio Grande do Norte registrou o maior declínio em agosto, pressionado pela atividade de derivados do petróleo. Espírito Santo e Rio Grande do Sul também enfrentaram quedas, enquanto o acumulado do ano revelou que quase todas as regiões mantiveram crescimento, com exceção do Rio Grande do Sul.
Em nível regional, 17 dos 18 locais pesquisados apresentaram taxas positivas em agosto. No entanto, apenas 11 mostraram um ritmo de crescimento superior ao de julho, com ganhos notáveis no Ceará, no Pará e em Mato Grosso do Sul. Enquanto isso, o Rio Grande do Norte e Espírito Santo experimentaram as maiores perdas de dinamismo no mesmo período.
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Por quê os número do IBGE não batem com aquilo que a gente vê nas ruas e na economia??
Me admira a Oeste acreditar e divulgar números do IBGE. É muita ingenuidade.