A Raízen comprou a rede de recarga para veículos elétricos instalada pela Tupinambá Energia. A aquisição foi feita pela Raízen Power, divisão do grupo responsável por energias renováveis.
Como a Raízen é a empresa integrada de energia e licenciada da marca Shell, em breve, 204 eletropostos já existentes usarão a marca Shell Recharge.
A multinacional vai investir cerca de R$ 100 milhões na expansão ao longo do ano que vem, de acordo com Ana Paula Kira, gerente de mobilidade elétrica da Raízen.
Frota de carros elétricos cresceu 57% em 2023
Há expectativa de instalação de 100 carregadores DC, de carga rápida, como os encontrados em algumas rodovias. Outros 900 AC, comuns em shoppings e mercados, também devem ser instalados no programa de expansão.
A Tupinambá agora vai se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento de tecnologias de gestão de eletropostos. O aplicativo elaborado pela startup já mapeia cerca de 2 mil postos de recarga de carros elétricos.
A instalação de um carregador rápido pode custar até R$ 1 milhão. Já a modalidade AC, que costuma ter potência entre 7 quilowatts (kW) e 22 kW, exige investimento de cerca de R$ 12 mil, conforme Ana Paula disse ao jornal Folha de S.Paulo.
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A cobrança da energia com base no cálculo do consumo pode variar de acordo com a região. O fornecimento gratuito deve desaparecer à medida que os veículos elétricos e híbridos se popularizem mais, ainda de acordo com o jornal.
O CEO da Tupinambá Energia, Davi Bertoncello, estima que o Brasil tenha cerca de 4 mil carregadores públicos e semipúblicos, localizados, por exemplo, em empresas privadas.
Em relação a 2022, a frota de carros elétricos cresceu 57% no Brasil em 2023. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o número de carros 100% elétricos emplacados entre janeiro e novembro chegou a 13.292 unidades. O modelo mais vendido entre eles é o chinês BYD Dolphin, que teve 1.694 licenciamentos no mês passado.