O Uber registrou uma receita “histórica” no último trimestre do ano passado, com salto de 49%, na comparação com mesmo período de 2021. Conforme o relatório, a empresa obteve US$ 8,6 bilhões de outubro a dezembro de 2022 (no período comparativo a receita foi de US$ 5,7 bilhões).
O CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, nomeou o resultado como o “trimestre mais forte da história da companhia”. Isso porque a empresa ainda se recupera dos anos de pandemia de covid-19, em que as atividades chegaram a cair cerca de 80% com medidas de isolamento e home office. “Encerramos 2022 com demanda robusta e margens recordes”, disse Khosrowshahi.
O lucro líquido da empresa no quarto trimestre de 2022 foi de US$ 595 milhões, queda de 33%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o lucro ajustado somou US$ 665 milhões, bem acima dos US$ 86 milhões do ano anterior.
Apesar de crescimento, ano foi de prejuízo
Em 2022 como um todo, o Uber teve prejuízo de US$ 9,1 bilhões. A receita somou quase US$ 32 bilhões, alta de 82%. “Nossa escala global e vantagens exclusivas de plataforma nos posicionam bem para acelerar esse momento até 2023”, informou a empresa, em nota.
Na América Latina, incluindo o Brasil, a receita cresceu 31%, para US$ 419 milhões, enquanto nos Estados Unidos e no Canadá cresceu 38%, para US$ 3,6 bilhões, e na Europa, Oriente Médio e África cresceu 110%, para US$ 995 milhões. Na Ásia, a receita somou US$ 751 milhões, alta de 32%.
A brilhante ideia do ministro de Lula
Nesta semana, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que não está preocupado com a possibilidade de o Uber deixar o Brasil, ao defender a regulamentação de aplicativos de delivery.
“Posso chamar os Correios, que são uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir a Uber”, declarou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na segunda-feira 6. “Aplicativo se tem aos montes no mercado. Não queremos regular lá no mínimo detalhe. Ninguém gosta de correr muito risco, especialmente os capitalistas brasileiros.”
Além do aplicativo, Marinho defendeu a necessidade de revisão de pontos da reforma trabalhista, sem mencionar quais. No que diz respeito ao salário mínimo, o ministro disse que o tema será discutido com as centrais sindicais, mas reforçou que não será criado nada que possa provocar “desajuste na economia”.
Este Luiz Marinho é um desmiolado mesmo.
Quer que todos andem de furgão de Sedex.