A República Centro-Africana (RCA), um dos países mais pobres do mundo, anunciou nesta quarta-feira, 28, que o bitcoin será uma das moedas oficiais do país, ao lado do franco CFA.
Esta é a segunda nação a adotar a medida. Em setembro do ano passado, El Salvador tornou-se o primeiro país do mundo a adotar o bitcoin como moeda de troca legal junto com o dólar americano.
Obed Namsio, chefe de gabinete do presidente da RCA, Faustin-Archange Touadéra, disse em comunicado que “este movimento coloca a República Centro-Africana no mapa dos países mais ousados e visionários do mundo”.
Quando El Salvador adotou o bitcoin, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para os riscos e desafios regulatórios da ação. Para o órgão, há “grandes riscos associados ao uso do bitcoin na estabilidade financeira, integridade financeira e proteção ao consumidor”.
A Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a lei “que rege as criptomoedas na República Centro-Africana”. O dispositivo legal, que tem só 16 artigos, determina, por exemplo, que a taxa de câmbio entre a moeda digital e o dólar americano seja “estabelecida livremente pelo mercado”.
A setor de criptomoedas é visto com interesse por países mais pobres, uma vez que o ativo é deflacionário, ou seja, supera a desvalorização provocada pela inflação.
Em 2021, o Gabinete do Controlador da Moeda (OCC) dos Estados Unidos aprovou uma regulamentação para o uso dos ativos digitais. No mesmo ano, a Forbes divulgou que cerca de 650 bancos americanos ofereceriam produtos relacionados ao bitcoin. A lista inclui nomes importantes como Goldman Sachs e JP Morgan.
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