Ao contrário dos primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que foram registradas migrações das classes D/E para a classe C entre os anos de 2003 e 2010, os mais ricos (classes A e B) deverão ser os mais beneficiados na atual gestão.
Isto ocorre pois, segundo informações publicadas no jornal Folha de S.Paulo no domingo 14, as taxas de juro elevadas, o baixo dinamismo da economia e o espaço limitado no Orçamento público para transferências de renda aos mais pobres vão fazer com que as classes mais altas tenham maiores rendimentos.
Projeções da consultoria Tendências revelam que a classe A terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano — o que já ocorreu em 2023. Por outro lado, a classe D/E terá uma evolução menor, com 1,5%, em média.
Leia também: “Governo Lula não retoma trabalhos, e país tem 3,7 mil obras de educação paradas”
A massa de renda é composta da soma dos rendimentos de trabalho, de transferências do Bolsa Família e benefícios sociais, da Previdência e de outras fontes de renda, como juros e dividendos.
Os ganhos de capital dos mais ricos, de empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado vão fazer a diferença. Embora haja a expectativa de alguma queda da taxa básica de juro, a Selic, hoje em 10,75% ao ano, deve continuar relativamente alta.
Hoje, é possível obter 6% ao ano acima da inflação com aplicações financeiras conservadoras; em 2023, as despesas com juros da dívida pública somaram R$ 718,3 bilhões. Como comparação, o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios.
Leia também: “Governo Lula 1 gastou R$ 128 mil em dinheiro vivo para alugar carro”
No caso da classe D/E, a consultoria não vê, nos próximos anos, índices de correção generosos para o Bolsa Família nem o salário mínimo devido ao espaço fiscal limitado que o governo Lula 3 dispõe.
É o contrário do que ocorreu entre 2003 e 2010, quando o país se beneficiou de três fatores: reformas estruturais no governo FHC (1995-2002), o forte crescimento da economia global e o boom nos preços das commodities exportadas pelo Brasil.
Jovens se sentem estagnados no governo Lula
De acordo com Lucas Assis, analista de macroeconomia da Tendências, os elementos que incentivaram a migração de milhões de indivíduos das classes D/E para a classe C durante os anos 2000 resultaram em uma maior formalização do emprego e um aumento na renda do trabalho, o que por sua vez impulsionou a arrecadação federal e contribuiu para um crescimento médio do PIB de 4% durante alguns anos.
“Naquele período, o governo tinha espaço no Orçamento para reajustar o Bolsa Família e dar aumentos reais mais fortes para o salário mínimo, o que beneficiou a classe D/E”, afirmou. “Desta vez, isso não parece possível. A economia e a renda devem crescer, mas mais lentamente”.
Leia também: “Janja se apresenta como ‘articuladora’ política do governo Lula”
Nesse contexto, as classes B e C, mais dependentes da renda do trabalho, também terão crescimento da massa de renda abaixo da A.
Em entrevista à Folha, Maurício de Almeida Prado, diretor-executivo da consultoria Plano CDE, destacou que, de qualquer maneira, as classes mais baixas foram favorecidas no começo do governo Lula 3 com a ampliação da cobertura do Bolsa Família, iniciada no governo de Jair Bolsonaro.
Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o número de famílias beneficiadas aumentou significativamente, passando de 13,2 milhões para 21,1 milhões, um aumento de 60%. Além disso, o valor dos pagamentos mensais também registrou um aumento substancial, subindo de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.
Leia também: “Embaixador de Israel no Brasil está ‘muito desapontado’ com postura do governo Lula”
Embora a vida dessas pessoas tenha melhorado com a expansão do benefício, Prado observa que a evolução parou. “O sujeito da classe C não voltou para trás, mas não teve um próximo passo”, acrescentou. “Para os mais velhos, a vida melhorou depois que saíram da D/E lá atrás. Mas, entre os jovens, há um sentimento de estagnação”.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
Tudo planejado, se sobrar algum retalho de picanha, eles mandam para os pobres, que caíram (mais uma vez) na armadilha da oligarquia brasileira. Tomem na cabeça, é de graça.
Quem mandou fazer o L e votar num candidato que nem PLANO DE GOVERNO apresentou ?
Me impressiona os experts do mercado (consultorias, analista econômicos, previsões do Banco Central etc) pois não é de hoje que Lula beneficia a classe rica, em particular aqueles que dissimuladamente aparenta combater: os banqueiros….é piada. Aliás, essa é a praxe de governos mal intencionados, lembrem-se de FHC quando criou o famigerado proer para socorros bancos a custa do erário público. Em 2008 se não me engano, os bancos americanos tentaram essa artimanha com Obama, mas receberam um sonoro Não: virem-se, aliás coisas que eles sabem fazer muito bem em qualquer lugar do mundo, principalmente no Brasil: juros escorchantes em cima do cidadão com o dinheiro fundeado do próprio, cartão de crédito a 400%aa!!!!….é brincadeira.
Seguindo o slogan do desgoverno:
“União, reconstrução”, e o amor venceu !!
Fazuele !!!
Depois que a mentira vira verdade eles podem aplicar qualquer golpe, ta aí a prova, o cara promete o mundo e o fundo para os mais pobres mas beneficia os ricos, e ainda tem.um monte de idiota a reditando na narrativa desse Ladrão, mas o importante foi tirar o Boso.
Mr. Luiz e famiGlia são hoje miliardários enquanto os manés à falta da picanha prometida regrediram à sopa de sambiquira (khu de frango).