O Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA) se manteve estável no mês de agosto em 6,6%. Esse é o primeiro período sem aumento dos últimos seis meses.
Na prática, o IPSA mede o porcentual que o seguro representa do valor do veículo. Se a taxa é de 6,6% e o veículo custa R$ 50 mil, por exemplo, quer dizer que o preço do seguro é de R$ 3,3 mil.
O estudo é realizado mensalmente pela consultoria TEx e mostra a variação dos preços do seguro de acordo com região do país, gênero e faixa etária do condutor e idade do veículo.
Quando analisado a partir do gênero, o IPSA mostra que o preço dos seguros se manteve estável para o sexo feminino, em 6,2%. Já o masculino, pela primeira vez no ano, teve uma queda em relação ao mês anterior, saindo de 6,9% para 6,8% em agosto.
Quando comparado por faixa etária, condutores entre 18 e 25 anos continuam pagando o maior valor; e foram os únicos para quem o IPSA aumentou em agosto, de 10,7% para 10,8%.
O índice se manteve estável entre as faixas etárias de 46 a 55 anos e 56 anos ou mais, em 6,2% e 5,3% respectivamente. Já as faixas de 26 a 35 anos e 36 a 45 anos tiveram uma leve queda, saindo de 8,3% para 8,2% e de 6,8% para 6,7%, respectivamente.
A TEx traz um exemplo para ilustrar: dois homens adultos moradores da mesma região do Rio de Janeiro, mas com faixas etárias diferentes, pagam um valor distinto de seguro mesmo se tiverem um mesmo veículo. O mais jovem, de 26 anos, pagará R$ 5,9 mil de seguro em um carro de R$ 50 mil, enquanto o mais velho, de 36 anos, pagaria R$ 4,1 mil pela proteção do mesmo veículo.
A região metropolitana do Rio de Janeiro também é o lugar mais caro do país para contratar um seguro, mostra o IPSA. Logo atrás estão os arredores da capital de São Paulo e as cidades de Salvador, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba e Belém.
Com as diferenças geográficas, duas mulheres de mesma idade e condutoras de um veículo avaliado em R$ 60 mil pagariam valores diferentes para assegurar o carro: R$ 3,5 mil em Belo Horizonte, ante R$ 5,5 mil no Recife.
As seguradoras estão sentindo o golpe.
Durante a pandemia fizeram disparar os índices para compensar as perdas dos bancos com o pix. Querendo ou não, estas são atreladas aos bancos. Perderam clientes, agora tentam frear a própria ganância.