A Vale registrou lucro líquido de US$ 892 milhões (R$ 4,1 bilhões) no segundo trimestre de 2023, uma queda de 78% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da empresa caiu 13%, para US$ 9,6 bilhões (R$ 45 bi), e o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado reduziu 26%, para US$ 3,8 bilhões (quase R$ 18 bi).
O balanço trimestral da empresa foi divulgado em comunicado na quinta-feira 27. A companhia atribuiu a queda do lucro líquido a uma série de fatores, incluindo a redução dos preços do minério de ferro, a queda da produção e o aumento dos custos.
A dívida líquida da Vale somava US$ 8,9 bilhões (R$ 41 bi) no fim do segundo trimestre de 2023, sendo maior que os US$ 5,3 bilhões (quase R$ 25 bi) do segundo trimestre de 2022 e dos US$ 8,2 bilhões (R$ 38 bi) do primeiro trimestre deste ano.
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A Vale disse que está tomando medidas para reduzir custos e melhorar a eficiência da companhia e que espera resultados melhores no futuro.
Fatores para a queda
A redução dos preços do minério de ferro foi o principal fator que contribuiu para a queda do lucro líquido da Vale, de acordo com a empresa. Os preços do minério de ferro caíram 20% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior.
A queda da produção também contribuiu para a redução do lucro líquido da Vale. A empresa produziu 78,7 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre de 2023, uma diminuição de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O aumento dos custos também contribuiu para esse cenário de contração do lucro líquido da Vale. Os gastos da empresa aumentaram 10% no segundo trimestre de 2023 em igual período de 2022.
Nomeação de Guido Mantega
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria pessoalmente envolvido na tentativa de colocar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da Vale.
A nomeação de Guido Mantega como diretor-presidente da mineradora faz parte de uma grande articulação pessoal de Lula, iniciada há meses, para posicionar homens do Partido dos Trabalhadores (PT) em cargos-chaves da gestão pública e da economia brasileira. Em uma palavra: aparelhamento.
A confirmação do economista Marcio Pochmann no comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é parte dessa estratégia do presidente da República, que também visa agradar a ala mais à esquerda do PT.
O Italiano na Vale vai levá-la à bancarrota.