Em 2017, no acordo de leniência fechado pelo grupo J&F, os irmãos Joesley e Wesley Batista prometeram que, para livrar-se da cadeia e manter suas empresas funcionamento, atenderiam a todas as contrapartidas do Ministério Público. Uma delas era o pagamento da multa de quase R$ 12 bilhões.
Entre 2003 e 2016, somados os empréstimos e investimentos, o BNDES abasteceu o império da carne bovina com R$ 17,6 bilhões (equivalentes a R$ 31,2 bilhões em valores de hoje). Em 24 de fevereiro, os irmãos Batista tentaram reduzir em dois terços o tamanho da multa fixada pelo acordo de leniência.
Os desdobramentos desse caso estão no artigo que o jornalista Augusto Nunes publicou na Edição 101 da Revista Oeste.
Leia os principais trechos
“Os procuradores insistem na cobrança dos mais de R$ 11 bilhões, num prazo de dez anos. Os enviados da J&F resolveram achar que é muito. Amparados em pareceres de juristas que cobram em dólares por minuto, e em chicanas fabricadas por especialistas, os devedores patológicos primeiro suspenderam a quitação de parcelas já vencidas. Agora, querem liquidar a pendência com o desembolso de, no máximo, R$ 4 bilhões. As negociações prosseguem. Se os credores capitularem, Joesley recuperará o status de campeão nacional.
Em 2006, Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, deixou o chefe Lula em estado de graça ao revelar o plano que zanzava em sua cabeça: anabolizar com dinheiro do BNDES empresários que brilhavam em atividades distintas, patrocinar a expansão internacional das empresas dirigidas por esses gênios da raça e reiterar ao mundo que com o Brasil ninguém pode. O governo do PT jurava que havia erradicado a pobreza e acabado com a fome. Que tal mostrar agora que o País do Carnaval era também uma usina de sumidades empresariais? Nos seis anos seguintes, choveu dinheiro nos domínios dos portadores do título concedido por Lula e Luciano aos beneficiários da gastança: “campeão nacional”. Um deles era Joesley, escalado para assombrar o planeta com a gigantesca usina de carne bovina. Nenhum dos escolhidos mereceu um lugar no pódio. Só agora o incansável Joesley mostrou que merece o título de campeão nacional do calote.
Em vez da pretendida linhagem de vencedores compulsivos, os bilhões do BNDES apenas pariram e amamentaram outra ramificação da superlativa bandidagem brasileira.”
Gostou? Dê uma olhada no conteúdo abaixo.
Outros conteúdos
A Edição 101 da Revista Oeste vai além do artigo do jornalista Augusto Nunes. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J.R. Guzzo, Augusto Nunes, Silvio Navarro, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Caio Coppolla, Rodrigo Constantino, Bruno Meyer, Dagomir Marquezi, Evaristo de Miranda, entre outros.
Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus assinantes. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui, escolher o plano e seguir os passos indicados.
Se soltaram o bandido maior, pq prender dois meninos levados…….
“Tem que manter isso aí” (Vampiro temer)
Calma! tem uns meninos aí que vão zerar esse débito! Claro que haverá uma contrapartida.
O que esperar, depois de perdoarem as dívidas de outros???? A lei deveria ser igual para todos. Se o ladrão maior está livre, gastando 500.000 reais só em viagens, (nosso dinheiro), esse pilantras enganaram a justiça ainda no início do processo…
É inacreditável que estejam soltos.
Deveriam estar na cadeira e suas empresas confiscadas pelo estado e levadas a leilão assim além de arrecadar dinheiro para investimentos público, as empresas continuariam operando no mercado normalmente.