No dia 10 de setembro de 1808, foi dado o primeiro passo para a imprensa no Brasil: a fundação da Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal impresso do país.
+ Leia mais notícias de História em Oeste
A criação do periódico foi possível depois da transferência da Corte portuguesa para o Brasil. Até então, os habitantes do país não tinham acesso a publicações impressas.
Frequência das publicações
A Gazeta do Rio de Janeiro era publicada duas vezes por semana e seu conteúdo era exclusivamente oficial, composto principalmente de comunicados do governo.
O editor responsável pelo jornal era frei Tibúrcio José da Rocha, um monge português. No dia 29 de dezembro de 1821, o jornal mudou seu nome para Gazeta do Rio.
Mudanças com a Independência do Brasil
Com a Independência do Brasil, o jornal deixou de circular. O periódico foi substituído por outros jornais oficiais, como o Diário Fluminense, de Pedro I, e o Diário do Governo, de Pedro II. Esses novos jornais continuaram a servir como órgãos de comunicação do Império brasileiro.
O legado da Gazeta do Rio de Janeiro
Em 10 de setembro de 2024, celebra-se 216 anos da fundação da Gazeta do Rio de Janeiro. A fundação do jornal representou um avanço significativo na liberdade de informação e na disseminação de notícias oficiais para a população brasileira.
Além disso, as publicações do jornal desempenharam um papel crucial em relação as informações sobre as novas políticas estabelecidas pela corte portuguesa.
Confira um breve histórico da imprensa no país
A imprensa no Brasil teve seu início em 1808, com a chegada da família real portuguesa e a abertura dos portos brasileiros. Antes disso, a impressão de livros e documentos no Brasil era restrita e limitada. Com a chegada de dom João VI e sua corte, o Brasil passou a ter uma impressão mais regular e organizada.
Período Imperial (1822-1889)
Durante o Império, a imprensa enfrentou um ambiente de censura e controle. A Constituição de 1824 concedia ao imperador poderes significativos sobre a imprensa. Apesar das restrições, jornais como a Gazeta do Rio de Janeiro e O Correio Braziliense, fundado por Hipólito da Costa, foram fundamentais para a disseminação de ideias liberais e a promoção de debates sobre a independência e a formação do país.
República Velha (1889-1930)
Com a proclamação da República, em 1889, houve mais liberdade de imprensa, embora ainda houvesse censura e pressão política. O período viu o surgimento de jornais e revistas importantes, como O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. A imprensa tornou-se um espaço crucial para a formação da opinião pública e o debate de questões políticas e sociais.
Era Vargas e Ditadura Militar (1930-1985)
A Era Vargas (1930-1945) foi marcada por um controle mais rígido da imprensa. Durante o governo de Getúlio Vargas, houve censura e a criação de leis que restringiam a liberdade de imprensa, como o Código Penal de 1940. A imprensa enfrentou desafios significativos durante o regime militar (1964-1985), com censura a jornalistas.
Redemocratização e Modernidade (1985-presente)
Com a redemocratização do Brasil em 1985, a liberdade de imprensa foi restabelecida e o setor começou a se expandir e diversificar. A Constituição de 1988 garantiu a liberdade de expressão e a imprensa livre, de maneira a permitir um florescimento de mídias impressas, televisivas e, posteriormente, digitais.
Essa matéria enseja a inclusão do Revérbero Constitucional Fluminense, editado por Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, em 1821 e 1822, com grande influência para a Independência do Brasil.
Primeiro jornal impresso no país, como está no título. E não do país como no texto de abertura. O Correio Braziliense, de Hyppólito José da Costa é de junho do mesmo ano, mas impresso em Londres. Este o primeiro do Brasil.