No dia 13 de outubro de 1968, morreu Manuel Bandeira, um dos maiores poetas e críticos literários do Brasil, aos 82 anos, no Rio de Janeiro.
A influência do escritor na literatura brasileira vai além da produção poética. Manuel Bandeira também tem papel central na crítica literária e no movimento modernista.
+ Leia mais notícias de História em Oeste
Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, evento que revolucionou a cultura brasileira, o escritor contribuiu com o famoso poema Os Sapos. O poema satirizava o parnasianismo, movimento que dominava a poesia brasileira na época. O espírito ajudou a definir o espírito renovador dos modernistas.
Nascido em Recife, no ano de 1886, Manuel Bandeira começou os estudos de arquitetura em São Paulo, em 1904. No entanto, ele deixou os planos de se tornar arquiteto depois de ser diagnosticado com tuberculose.
Na época, a doença era quase uma sentença de morte. Em busca de cura, viajou para a Suíça, onde ficou por um período em tratamento. Durante essa fase de isolamento e luta pela vida, Bandeira começou a se dedicar mais à poesia. O literário encontrou no texto uma forma de expressar sentimentos e reflexões.
Em 1917, lançou o primeiro livro, A Cinza das Horas. A obra refletia o estado de espírito melancólico do escritor, causado pela doença. Porém, Bandeira recebeu reconhecimento literário mais amplo em 1930.
A consolidação de carreira de Manuel Bandeira
A obra Homenagem a Manuel Bandeira consolidou a posição do nordestino como um dos grandes poetas brasileiros. O estilo simples, direto e emotivo, com raízes no parnasianismo, mas influenciado pelo modernismo, tornou sua poesia acessível e impactante.
Entre as obras mais conhecidas de Manuel Bandeira estão Vou-me embora pra Pasárgada e Pneumotórax. O primeiro é um poema de escapismo, onde o poeta imagina um lugar ideal para fugir da realidade.
O segundo reflete a dor e o desespero da luta contra a tuberculose. Ao longo da sua carreira, Manuel Bandeira publicou 13 livros de poesia. A obra Libertinagem é uma das mais aclamadas por causa do uso do verso livre e pelas inovações modernistas. O literário faleceu por causa de uma hemorragia gástrica.