Em 13 de setembro de 1940, as forças lideradas por Benito Mussolini avançaram da Líbia para o Egito, marcando um episódio significativo na Segunda Guerra Mundial. O ditador italiano via essa invasão como o cumprimento de uma “glória” que a Itália perseguia havia séculos.
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A ocupação italiana na Líbia remontava a 1912. Em 1935, Mussolini começou a enviar milhares de italianos, principalmente agricultores e trabalhadores rurais, para a região, com o objetivo de mitigar a superpopulação na Itália.
Eclosão da Segunda Guerra Mundial
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a presença italiana no Norte da África já estava bem estabelecida, e Mussolini vislumbrava a expansão dessa influência para o Egito.
Contudo, o Egito abrigava tropas britânicas desde a assinatura de um tratado em 1936, que garantia a proteção do Canal de Suez e das bases navais em Alexandria e Port Said. Adolf Hitler ofereceu ajuda militar a Mussolini, mas este recusou.
Orgulho nacional e avaliação equivocada
Mussolini alegou que era uma questão de orgulho nacional e que a Itália não deveria se tornar um “irmão pequeno” da Alemanha. Ele estava convencido de que as forças britânicas no Egito estavam vulneráveis e, portanto, ordenou a invasão.
O general Rodolfo Graziani, governador da Etiópia, outra colônia italiana, discordou dessa avaliação. Ele acreditava que as tropas italianas na Líbia não eram suficientemente fortes para sustentar uma ofensiva por meio do deserto.
Graziani destacou que a suposta superioridade aérea italiana no Mediterrâneo não passava de propaganda. A campanha no norte da África se estendeu por três anos, envolvendo confrontos intensos entre os Aliados e as forças do Eixo.
Os combates ocorreram nos desertos líbio e egípcio, além de batalhas no Marrocos e na Argélia durante a Operação Torch, e na Tunísia durante a Campanha Tunisiana. O ponto culminante dessas batalhas ocorreu na Segunda Batalha de El Alamein.
Derrota das forças do Eixo em meio à Segunda Guerra Mundial
Nessa batalha, as tropas britânicas conseguiram derrotar o Eixo, forçando-os a recuar para a Tunísia. Com os desembarques aliados no norte da África no fim de 1942 e as batalhas subsequentes contra as forças da França de Vichy, que eventualmente se uniram aos Aliados, as forças do Eixo ficaram encurraladas no norte da Tunísia.
Essa situação levou à rendição das forças do Eixo, encerrando uma das fases mais estratégicas e árduas da guerra no teatro africano.
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