Em 16 de outubro de 1998, o ex-ditador do Chile, Augusto Pinochet, foi preso em Londres, por determinação do juiz britânico Nicholas Evans, relata o History Channel Brasil. Pinochet estava em tratamento em uma clínica quando uma ordem de prisão do juiz espanhol Baltasar Garzón chegou à Inglaterra. Evans acatou a determinação.
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O ex-general enfrentava acusações de responsabilidade pela morte de cidadãos espanhóis durante seu regime militar no Chile, que durou de 1973 a 1990. Ele foi criticado com intensidade durante o período em que ficou à frente da ditadura militar no Chile por conta das graves violações dos direitos humanos atribuídas a ele.
Nascido em Valparaíso, em 1915, Pinochet também foi responsabilizado pelo assassinato do diplomata espanhol, Carmelo Soria, entre outras mortes.
Pinochet permaneceu em prisão domiciliar na Inglaterra até 2000, quando retornou ao Chile. Durante seu tempo na Europa, ele enfrentou diversas batalhas judiciais, mas nunca foi formalmente julgado. Ele morreu em 10 de dezembro de 2006, aos 91 anos, sem ter respondido por seus crimes.
Busca por justiça e responsabilização
A sua morte não apagou as memórias das suas ações. O legado de Pinochet, no entanto, continua a dividir opiniões. Alguns ainda o consideram um líder que trouxe estabilidade econômica ao Chile. Outros o definem como um tirano responsável por atrocidades que marcaram a história do país.
A prisão de Pinochet em 1998 permanece como um importante momento na busca por justiça e responsabilização. Seu caso ajudou a estabelecer precedentes legais que possibilitaram a ação judicial contra líderes em várias partes do mundo.