A Batalha de Miriocéfalo teve início em 17 de setembro de 1176. O conflito envolveu o Império Romano, sob o comando do rei Manuel I Comneno, e os turcos seljúcidas, liderados pelo rei Kilij II. O confronto ocorreu na região da Frígia, na Ásia Menor.
Essa batalha foi uma consequência direta da Batalha de Manzikert (1071), na qual os romanos perderam parte de seu território na Ásia Menor para os turcos. O antigo conflito reacendeu as hostilidades entre as duas nações, o que culminou no novo embate.
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O imperador Manuel I tinha o objetivo de recuperar os territórios perdidos e restabelecer a influência bizantina na Ásia Menor. A derrota em Miriocéfalo pôs fim a essa ambição e marcou o fracasso de suas campanhas militares expansionistas do Império Romano. Isso consolidou a presença turca na região.
Manuel I foi induzido a marchar seu Exército por uma passagem montanhosa e estreita, um erro tático crucial. Os turcos seljúcidas, liderados por Kilij Arslan II, emboscaram o Exército romano. Os asiáticos que aproveitaram a geografia para destruir a linha de suprimentos e cercar os soldados romanos.
Nesse confronto, o Império Turco saiu vitorioso. A Batalha de Miriocéfalo teve um impacto mais psicológico do que militar, ao demonstrar que, apesar dos avanços sob o reinado de Manuel I, o Império Romano ainda não conseguia derrotar os seliúcidas.
Império Romano perde forças na Ásia
Como parte dos termos da derrota, Manuel I foi obrigado a desmantelar algumas das fortalezas romanas ao longo da fronteira. A medida enfraqueceu ainda mais a capacidade defensiva do império contra incursões futuras dos turcos.
A Batalha de Miriocéfalo demonstrou uma perda de poder do império na Ásia Menor, o que abriu caminho para o colapso definitivo do Império Romano no século seguinte.
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Depois da batalha, Manuel I procurou manter a paz com os turcos por meio de acordos diplomáticos, já que ficou claro que as tentativas militares não seriam bem-sucedidas. Isso representou uma mudança de abordagem na relação entre os romanos e os turcos.
A batalha expôs as fragilidades do Exército romano, incluindo a falta de disciplina e o uso ineficiente das táticas militares. Esse enfraquecimento tornou-se um dos fatores que contribuíram para a eventual queda de Constantinopla em 1204, durante a Quarta Cruzada.
Embora seja a continuação do Império Romano, a nação durante o governo de Manuel I Comneno foi chamada pelos historiadores de Império Bizantino. O nome é utilizado apenas para diferenciar o período da História, uma vez que os próprios moradores da época se identificavam como romanos.