Em 18 de outubro de 1915, o Brasil ganhava um dos seus maiores artistas. Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, nascia em Uberlândia (MG). Morreu em 26 de novembro de 1993, em Paris.
Considerado pelo diretor norte-americano Orson Welles como um dos maiores atores do mundo, trabalhou no teatro, no rádio, no cinema e na televisão. Ficou conhecido, principalmente, por ser o primeiro artista negro a ganhar destaque na mídia nacional.
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Otelo começou cedo na vida artística. Aos sete anos se apresentou em um circo que passava por Uberlândia. Atuava como a esposa do palhaço e, assim, fez muito sucesso.
Recebeu o apelido de Grande Otelo durante a sua participação na Companhia Lírica Nacional, em São Paulo. Acima de tudo, graças a sua voz de tenor, seu maestro disse que um dia Sebastião cantaria a ópera Otelo, de Giuseppe Verdi.
No começo era Pequeno Otelo, mas depois da fama, a crítica carioca o denominou de Grande. Entre seus trabalhos estão os filmes Moleque Tião (1943), Este mundo é um pandeiro (1946) e Zona norte (1957).
Grande Otelo: pequeno grande artista
Na infância, Grande Otelo foi parar no juizado de menores, onde foi adotado pela família do político Antônio de Queiroz.
No cinema, outro ponto alto da sua carreira ocorreu em 1942, quando participou, primeiramente, do filme It s All True, de Orson Welles. Filmou também Fitzcarraldo (1982) com o diretor Werner Herzog, na floresta amazônica.
A partir dos anos 60, ele foi contratado pela TV Globo, onde atuou em novelas e também na Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 90. Depois disso, seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Em 1978, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Roberto Cardoso Alves, assinou o decreto legislativo nº 14, que concedeu o título de cidadão paulistano ao artista. Mais tarde, em 1994, a lei 11.531, do Executivo, denominou o Polo Cultural e Esportivo situado no Anhembi com seu nome.