Em 18 de setembro de 1907, nasceu o renomado físico nuclear Edwin Mattison McMillan, em Redondo Beach, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele é conhecido por sua descoberta, em 1940, do elemento químico neptúnio, o primeiro transurânico — fato que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Química em 1951.
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A academia compartilhou o prêmio entre McMillan e seu colega Glenn T. Seaborg, que o ajudou nos trabalhos de elementos químicos transurânicos. O trabalho da dupla foi fundamental para a pesquisa em física nuclear, especialmente no campo dos elementos pesados.
Início de carreira
Formado pela Caltech e pela Universidade de Princeton, McMillan começou sua carreira como físico experimental, dedicando-se ao estudo de partículas subatômicas e radioatividade.
Durante a década de 1930, ele ingressou no Laboratório de Radiação da Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde começou a colaborar com Ernest Lawrence no desenvolvimento dos primeiros ciclotrons. Este é um tipo de acelerador de partículas, que posteriormente revolucionou a física experimental.
Em 1940, em trabalho ao lado de Philip Abelson, McMillan realizou sua descoberta mais importante: o neptúnio. Esse elemento foi obtido ao bombardear átomos de urânio com nêutrons, de uma forma a gerar um novo elemento, além do urânio na tabela periódica. Esta descoberta abriu portas para a pesquisa de outros elementos pesados, conhecidos como transurânicos, e foi crucial para a compreensão da fissão nuclear e suas aplicações.
Projeto Manhattan e a bomba atômica
Durante a Segunda Guerra Mundial, McMillan fez parte do Projeto Manhattan, para o qual contribuiu ao desenvolvimento da bomba atômica. Depois do fim do conflito, McMillan voltou suas atenções para o aperfeiçoamento de aceleradores de partículas. Ele inventou o conceito de “sincronização”, que aumentou a eficiência e potência dessas máquina e permitiu avanços na física de partículas de alta energia.
McMillan passou grande parte de sua carreira no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, onde atuou como diretor de 1958 a 1973. Sob sua liderança, o laboratório consolidou-se como um centro de referência em pesquisas nucleares e na descoberta de novos elementos. Edwin Mattison McMillan morreu em 7 de setembro de 1991, aos 83 anos, em El Cerrito, na Califórnia.
10 Curiosidades sobre Edwin McMillan e a física nuclear
- Edwin McMillan descobriu o neptúnio, o primeiro elemento transurânico, em 1940;
- O neptúnio é usado como base para a criação do plutônio, elemento chave para armas nucleares;
- McMillan e Philip Abelson nomearam o neptúnio em homenagem ao planeta Netuno, seguindo o padrão do nome do urânio;
- Ele participou do desenvolvimento do ciclotron, o precursor dos modernos aceleradores de partículas;
- Seu conceito de “sincronização” foi essencial para os avanços nos sincrotrons, aceleradores mais potentes que o ciclotron;
- McMillan foi laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1951;
- Durante a Guerra Fria, a pesquisa de McMillan foi crucial para o avanço da tecnologia nuclear dos EUA;
- Elementos transurânicos, como o descoberto por McMillan, são essenciais tanto para a energia nuclear quanto para as armas nucleares;
- McMillan trabalhou no Projeto Manhattan, o programa dos EUA para desenvolver a primeira bomba atômica;
- O Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, onde McMillan atuou, foi responsável pela descoberta de muitos outros elementos transurânicos.