Em 19 de outubro de 1901, Alberto Santos-Dumont, brasileiro que mais tarde ficaria conhecido como “pai da aviação”, contornou a Torre Eiffel com o Dirigível nº 6.
Ali, ele impressionava o mundo ao realizar o primeiro vôo dirigido da história. Afinal, até aquele momento, as pessoas conheciam apenas os balões tripulados.
Santos-Dumont: as marcas de um gênio
Tudo começou quando ele deixou o Brasil para morar na França. Dessa forma, dava vazão, mais uma vez, ao seu incrível espírito curioso. Era 1892 e ele tinha apenas 19 anos.
De tanto observar os franceses passeando em balões, Santos-Dumont conseguiu, assim, compreender algumas lógicas do contexto aéreo. Por fim, criou coragem e decidiu construir a sua própria aeronave.

Seu primeiro balão tinha como título de batismo o nome “Brasil”. Ele estava muito feliz com o invento. Mas, apesar disso, não estava satisfeito. Afinal, queria ter o controle da direção, em vez de ficar “ao sabor do vento”.
Importante era ter o controle
A partir desse desejo, o inventor brasileiro desenvolveu um balão comprido, com motor de automóvel, leme e hélice. Também não faltou a cestinha que o manteria no interior da aeronave.

Assim, Dumont criava o “Dirigível nº 1”, que, infelizmente, não resistiu à força do vento e caiu. Apesar disso, o inventor seguiu adiante. A cada balão que desenvolvia, novos aprendizados surgiam. O aviador nunca desistiu. Então, em 19 de outubro conquistaria o seu objetivo a bordo do “Dirigível nº 6”.
Prêmio de 200 mil francos
No comando de seu dirigível, Santos Dumont contornou nada mais, nada menos que a Torre Eiffel, em Paris. A façanha inovadora lhe rendeu o prêmio de 100 mil francos em um concurso promovido pelo milionário Henry Deutsch.

O desafio consistia em decolar de Saint Cloud, contornar a Torre Eiffel e retornar ao ponto de partida em 30 minutos. Apesar de uma polêmica criada em decorrência de um suposto atraso de 29 segundos, tudo acabou bem.
No dia 4 de novembro de 1901, o aeroclube francês declarou Santos-Dumont o vencedor do desafio. Pela conquista, ele também ganhou 100 mil francos do presidente brasileiro Campos Salles e uma medalha de ouro.
Santos-Dumont nasceu em Palmira (MG), no dia 20 de julho de 1873. Morreu no Guarujá (SP), em 23 de julho de 1932, quando cometeu suicídio.
Ele não apenas revolucionou o mundo com suas invenções aeronáuticas, como também deixou um legado que continua a inspirar gerações. Sua capacidade inventiva era tão grande que descobertas igualmente importantes para o dia a dia das pessoas passam despercebidas.

Outras invenções de Santos Dumont; confira
- Relógio de pulso
- Chuveiro de água quente
- Hangar para abrigar as asas dos aviões
- Balão a gás de pequeno porte
- Dirigíveis com motor a gasolina
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