Em 19 de setembro de 1995, o jornal norte-americano Washington Post publicou um manifesto de 35 mil palavras, escritas por Theodore John Kaczynski, terrorista conhecido como Unabomber.
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Desde o fim dos anos 1970, Unabomber era procurado pelas autoridades dos Estados Unidos por uma série de atentados, que resultaram na morte de três pessoas e feriram outras 23.
Depois de ler o manifesto no jornal, David Kaczynski identificou semelhanças no estilo de escrita com o de seu irmão, o Unabomber, e notificou o FBI em 3 de abril de 1996.
Ao fim de muitas investigações, a polícia encontrou Theodore em uma cabana isolada, perto de Lincoln, no Estado de Montana. No local, os investigadores encontraram provas dos crimes do terrorista.
O início da vida de Theodore Kaczynski
Theodore nasceu em 22 de maio de 1942, em Chicago. Conhecido por ser um gênio em matemática, ingressou na Universidade de Harvard, aos 16 anos. Em 1967, depois de obter um Ph.D. em matemática pela Universidade de Michigan, Theodore foi contratado como professor assistente na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
No entanto, renunciou ao cargo abruptamente em 1969 e passou a viver como eremita em uma pequena cabana em Montana, sem eletricidade ou água encanada. Unabomber recebia, ocasionalmente, apoio financeiro da família.
A série de atentados do Unabomber
De 1978 a 1995, Unabomber realizou 16 ataques com bombas e cartas-bomba em várias regiões dos EUA. Ele tornou-se uma prioridade para o FBI. Suas vítimas incluíam professores, cientistas, executivos de empresas e o proprietário de uma loja de informática.
Em junho de 1995, ele enviou seu manifesto antitecnologia e anti-industrialização para o The New York Times e para o Washington Post. Ele ameaçou continuar com os atentados caso sua carta não fosse publicada.
A publicação do manifesto
Em 19 de setembro daquele ano, depois de discussões com o FBI e a procuradora-geral Janet Reno, o Post, em colaboração com o Times, publicou o manifesto contra a sociedade industrializada.
Em 1998, Theodore concordou em se declarar culpado e foi sentenciado a quatro penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Ele morreu em junho de 2023, no Centro Médico Federal, na Carolina do Norte, onde estava internado fazia dois anos.