Karol Józef Wojtyła, o polonês que seria conhecido como João Paulo II, conduziu sua primeira missa como papa em 22 de outubro de 1978. Foi o momento em que ele se tornou papa. Ele foi o primeiro papa não italiano em 455 anos. Assumiu o comando da Igreja Católica em um momento de grandes mudanças no mundo, relata o History Channel Brasil.
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João Paulo II permaneceu no cargo até sua morte, em 2 de abril de 2005, aos 84 anos. Teve um pontificado de 26 anos, o terceiro mais longo da história, superado apenas por São Pedro, provavelmente de 37 anos (de 30 d.C. a 64 ou 67 d.C.) e por Pio IX, Giovanni Maria Mastai-Ferretti, que ficou 31 anos (de 1846 a 1878).
Antes da ascensão de João Paulo II, a Igreja foi brevemente comandada por João Paulo I, Albino Luciani, eleito em 26 de agosto de 1978. A passagem de João Paulo I pelo Vaticano, no entanto, foi uma das mais curtas da história moderna. Depois de apenas 33 dias como papa, ele morreu repentinamente, aos 65 anos, em 28 de setembro de 1978.
A ocorrência gerou um mistério e teorias de conspiração sobre as causas de sua morte, embora tenha sido oficialmente atribuída a um ataque cardíaco. Esse curto período deixou a Igreja em um clima de incerteza, o que aumentou a relevância da eleição de seu sucessor, João Paulo II.
Beatificação e canonização do papa João Paulo II
Durante seu papado, João Paulo II se destacou pela sua proximidade com os fiéis. Visitou 129 países e usava sua capacidade de comunicação em múltiplos idiomas, entre os quais italiano, francês, português, espanhol, inglês e alemão, além de seu polonês nativo.
Ele também teve um impacto significativo em questões de fé, ao beatificar 1340 pessoas e canonizar 483 santos. A sua busca pela reconciliação entre diferentes religiões e o papel central que desempenhou na queda do comunismo na Europa Oriental marcaram sua liderança.
João Paulo II foi canonizado e se tornou santo. Depois de sua morte em 2005, ele foi beatificado em 1º de maio de 2011, em uma cerimônia realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano, e presidida por seu sucessor, Bento XVI, Joseph Aloisius Ratzinger. Em 27 de abril de 2014, foi oficialmente canonizado pelo Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio.
A canonização ocorreu em uma cerimônia conjunta que também incluiu o Papa João XXIII, Angelo Giuseppe Roncalli. Para que João Paulo II fosse reconhecido como santo, a Igreja Católica investigou e aprovou dois milagres atribuídos à sua intercessão.
O primeiro milagre, de acordo com a Igreja Católica, envolveu a cura inexplicável de uma freira francesa que sofria de mal de Parkinson, a mesma doença que afetou João Paulo II. O segundo milagre ocorreu depois de sua beatificação e envolveu a cura de uma mulher costa-riquenha com aneurisma cerebral.