No dia 22 de outubro de 1954, morreu o escritor Oswald de Andrade, um dos grandes nomes do movimento modernista brasileiro. O literário faleceu em São Paulo.
+ Leia mais notícias de História em Oeste
Nascido no ano de 1890, Oswald protagonizou as ações na promoção da Semana de Arte Moderna em 1922. Trata-se de um marco na história cultural do Brasil.
O evento revolucionou a arte e a literatura no país. Além disso, desafiou as convenções da época e abriu caminho para novas expressões artísticas. O escritor desempenhou um papel fundamental no movimento e ajudou na criação de uma cultura genuinamente brasileira.
Entre as obras mais importantes estão o Manifesto da Poesia Pau-Brasil e o Manifesto Antropofágico. Ambas as obras exercem impacto duradouro com o passar do tempo.
Desde cedo, Oswald se interessou por expressões culturais autênticas e buscou uma identidade artística própria para o Brasil. Ele valorizava formas de arte consideradas ingênuas e primitivas.
Oswald de Andrade acreditava que essas manifestações representavam a verdadeira alma do povo brasileiro. Para o escritor, o Brasil possuía uma riqueza cultural única, fruto da mistura de diversas tradições e influências.
Oswald de Andrade propôs a criação de um novo idioma para o Brasil
Um dos projetos mais ousados do escritor foi a proposta de criar uma língua nacional, diferente do português tradicional. Ele defendia o uso do vocabulário popular e das variantes regionais da fala.
Para Oswald de Andrade, o novo idioma seria uma expressão viva da realidade brasileira. Esse projeto de renovação linguística fazia parte de sua crença na experimentação e na inovação, essenciais para o desenvolvimento de uma cultura verdadeiramente brasileira.
A teoria da antropofagia é a contribuição mais célebre da carreira de Oswald. Nessa visão, o canibalismo simbólico das sociedades indígenas era uma metáfora para a capacidade do Brasil de absorver influências externas e transformá-las em algo novo.
A ideia ecoou em diversos movimentos culturais e artísticos, como o concretismo, o tropicalismo e grupos teatrais, como o Teatro Oficina.