No dia 22 de setembro de 1992, autoridades prenderam o líder da organização terrorista Sendero Luminoso, Manuel Abimael Guzmán. O grupo é conhecido por ser um dos mais violentos da América Latina e por ter assassinado 35 mil pessoas em sua luta pelo poder no Peru.
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O extremista Guzmán, que era professor de Direito e filosofia na Universidade de San Agustín de Arequipa, entrou para o movimento terrorista na década de 1960. Ele adotou o pseudônimo de presidente Gonzalo.
Em 1992, o serviço antiterrorismo do Peru localizou o terrorista no bairro de Surquillo, na capital, Lima. A organização Sendero Luminoso era uma célula comunista, formada por corpos discentes e docentes de universidades. O objetivo dos criminosos era derrubar o governo peruano da época.
O Sendero Luminoso frequentemente atacava comunidades rurais, principalmente aquelas que não apoiavam sua ideologia. Eles seguiam a ideologia do ditador chinês Mao Tsé-Tung.
Um dos casos mais notórios é o Massacre de Lucanamarca, ocorrido em 1983. Na ocasião, terroristas assassinaram 69 pessoas de forma extremamente violenta com facas, machados e armas de fogo.
Um grupo especial de policiais capturou Manuel Abimael Guzmán no Peru. As autoridades também prenderam outros líderes do grupo e a mulher de Guzmán, Elena Iparraguirre.
A queda do Sendero Luminoso
A captura do líder máximo representou o começo do declínio do Sendero Luminoso, visto que a organização começou a perder força e coesão sem sua liderança centralizada.
No entanto, pequenos grupos de remanescentes continuaram a operar em áreas rurais e nas selvas peruanas. Apesar dos esforços, esses terroristas não tiveram a mesma capacidade de mobilização que tinham sob o comando de Guzmán.
Condenado à prisão perpétua, o terrorista ficou em um cárcere de segurança máxima na base naval de El Callao, na Região Metropolitana de Lima. Ele morreu aos 86 anos, em 2021.
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