Marcos Júnio Brutus, político e general romano, cometeu suicídio em 23 de outubro de 42 a.C., depois de ser derrotado na segunda Batalha de Filipos, na Grécia.
A luta foi decisiva no contexto das guerras civis que seguiram o assassinato de Júlio César, em 44 a.C., do qual Brutus foi um dos principais arquitetores, junto a Caio Cássio Longino e outros senadores romanos.
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Brutus acreditava que o assassinato de César era necessário para restaurar a república romana, que ele e seus aliados consideravam ameaçada pelo crescente poder autocrático de César.
A morte de César, no entanto, não trouxe a paz esperada. O assassinato desencadeou uma série de conflitos armados entre os grupos que apoiavam os conspiradores republicanos, liderados por Brutus e Cássio, e os aliados de César, principalmente Marco Antônio e Otaviano, que mais tarde se tornaria o imperador Augusto.
Brutus e Cássio fugiram de Roma e organizaram suas forças no leste do Império Romano, enquanto Marco Antônio e Otaviano consolidavam o controle no oeste.
O confronto decisivo aconteceu em Filipos, na Grécia, em outubro de 42 a.C. Na primeira batalha, em 3 de outubro, o exército de Cássio foi derrotado por Marco Antônio, e Cássio cometeu suicídio.
Brutus, por sua vez, conseguiu uma vitória parcial contra as forças de Otaviano, mas a guerra ainda não havia sido decidida. No dia 23 de outubro, ocorreu a segunda Batalha de Filipos, e desta vez Brutus foi derrotado pelas forças combinadas de Antônio e Otaviano.
Sem esperança de sucesso e temendo ser capturado, Brutus também tirou sua própria vida e encerrou, assim, a liderança das forças republicanas.
Com a derrota de Brutus e Cássio, os ideais republicanos de Roma sofreram um golpe fatal. A vitória de Otaviano e Antônio consolidou o controle sobre Roma e deu início a um período de transição que resultaria na dissolução definitiva da República.
Embora Otaviano e Antônio trabalhassem inicialmente juntos, suas alianças se deterioraram nos anos seguintes, o que culminou em um novo confronto, que resultou na vitória de Otaviano.
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Em 27 a.C., ele foi proclamado imperador com o título de Augusto, marcando o fim da República e o início do Império Romano, que perduraria por séculos.