Em 23 de setembro de 1943, Benito Mussolini, ex-ditador da Itália, lançou uma nova república fascista com o apoio da Alemanha nazista. À época, estabeleceu seu quartel-general no norte do país.
Esse movimento ocorreu depois de sua deposição, em julho daquele ano, quando o grande conselho o retirou do poder e o levou para a prisão domiciliar. O mesmo público que antes o apoiava entusiasticamente, motivado por suas promessas de um novo “império” italiano, passou a desprezá-lo por causa das derrotas na Segunda Guerra Mundial. No entanto, Mussolini ainda contava com o apoio de Adolf Hitler.
O general Pietro Badoglio, que assumiu o poder durante a ausência de Mussolini, temia uma possível fuga do ex-Duce e, por isso, o transferiu para um hotel nos montes Apeninos. Em uma ousada operação, comandos alemães invadiram o local, resgataram Mussolini e o levaram a um quartel-general de Hitler na frente russa.
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Embora desejasse voltar à Itália e reassumir o poder, Mussolini foi considerado incompetente pelos seus novos “tutores” alemães, que impediram seu retorno. Em vez disso, foi estabelecida uma área de controle alemão no norte da Itália, em Gargnano, às margens do Lago Garda. Lá, Mussolini criou uma versão reformada do fascismo: prometeu eleições e liberdade de imprensa, materializadas no chamado “Manifesto de Verona”.
Contrariamente ao prometido, a nova República de Salò, ou República Social Italiana, não realizou eleições e a liberdade de imprensa foi inexistente. O regime se tornou um Estado policial, dominado por membros da velha guarda dos camisas negras, e Mussolini se transformou em um fantoche sob o controle alemão, propagandeando contra os Aliados. Ele também ordenou execuções de antigos aliados políticos, incluindo seu cunhado, o conde Ciano.
O avanço dos Aliados, no norte da Itália, juntamente da resistência da guerrilha italiana, culminou no colapso da República de Salò e no fim do regime de Mussolini. A república foi oficialmente dissolvida em 29 de abril de 1945.
Quem foi Benito Mussolini
Benito Mussolini, nascido em 29 de julho de 1883, em Predappio, Itália, foi um político, jornalista e líder do Partido Nacional Fascista. Sua ascensão ao poder ocorreu em um período de instabilidade política e social na Itália pós-Primeira Guerra Mundial, onde suas promessas de ordem e revitalização nacional atraíram uma ampla base de apoio.
Mussolini começou a carreira política como membro do Partido Socialista Italiano, mas, em 1914, rompeu com a esquerda por causa de sua defesa da entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial. Depois da guerra, ele fundou o movimento fascista, em 1919, que rapidamente ganhou popularidade entre aqueles que se sentiam desiludidos pela situação econômica e política do país.
Em 1922, Mussolini liderou a Marcha sobre Roma, um ato de força que resultou em sua nomeação como primeiro-ministro da Itália. Assim que assumiu o poder, ele estabeleceu um regime autoritário, suprimiu a oposição política e controlou os meios de comunicação. Mussolini implantou políticas expansionistas e militaristas, de maneira a restabelecer a glória do Império Romano.
Durante a década de 1930, Mussolini alinhou-se com Adolf Hitler e o regime nazista, o que culminou na entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado das potências do Eixo. Contudo, a guerra não trouxe as vitórias esperadas, e a Itália enfrentou uma série de derrotas militares.
Em 1943, depois da invasão aliada da Sicília, Mussolini foi deposto por um golpe de Estado e colocado em prisão domiciliar. No entanto, ele foi resgatado por tropas alemãs e estabeleceu um governo fantoche na República de Salò, no norte da Itália, que durou até 1945. Durante esse período, Mussolini continuou a exercer um controle autoritário, mas sua popularidade diminuiu consideravelmente.
A derrota final das forças fascistas e a crescente resistência popular levaram à captura de Mussolini, em abril de 1945. Ele foi executado por partisanos italianos em 28 de abril de 1945, e seu corpo foi exposto publicamente em Milão.
Ainda haverá de ser escrito:
– “Alexandre de Moraes, ex-ditador do Brasil, chefete da quadrilha de ministros escolhidos a dedo por corruptos e alienados, quadrilha essa também conhecida como grupo da “cala boca já morreu”, dos “perdeu bicho”, “as eleições se tomam”, “vamos obedecer à ONU”, etc., em ….”