No dia 25 de setembro de 1956, a primeira instalação de cabo telefônico transatlântico submarino, o Transatlantic No. 1 (TAT-1), ocorreu em uma cerimônia em Londres. As construções entre Gallanach Bay, na Escócia, e Clarenville, no Canadá, duraram entre os anos de 1955 e 1956. O sistema, que também atingiu a cidade de Nova York, permaneceu em operação até 1978.
Nas primeiras 24 horas de funcionamento, as pessoas fizeram 588 chamadas entre Londres e os Estados Unidos. Outras 119 ocorreram entre Londres e o Canadá. Inicialmente, o cabo tinha capacidade para 36 canais. Posteriormente, o número subiu para 48.
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De lá para cá, muitos outros sistemas de comunicação começaram a passar pelos oceanos, que formaram uma vasta rede global. Atualmente, a maioria desses cabos é de fibra óptica, tecnologia adotada a partir de 1988 para suportar as condições submarinas.
Para mitigar riscos de acidentes, cartas náuticas identificam os cabos. As localizações exigem a proibição de certas atividades, como a pesca. No entanto, âncoras de navios e até tubarões ainda representam ameaças para o funcionamento da tecnologia.
Apesar do uso de satélites, uma grande parte dos dados e comunicações de voz é transmitida por esses cabos.
Um exemplo é o rompimento de um cabo no Mediterrâneo, em 2008, que causou problemas de acesso à internet e telefone na Índia, no Egito e em alguns países do Oriente Médio. Ainda em 2024, esses cabos são essenciais para as comunicações globais.
Saiba como funcionava o cabo telefônico transatlântico
O sistema telefônico TAT-1 utilizava tecnologia com base em cabo coaxial. O desenvolvimento da operação estava baseado em melhorias significativas na transmissão por cabo submarino e no uso de repetidores para amplificação do sinal.
O projeto ocorreu em parceria entre várias empresas e países. A American Telephone and Telegraph Company (AT&T), a British Post Office (BPO) e a Canadian Overseas Telecommunications Corporation (COTC) foram as principais responsáveis pela implementação.
Além do uso comercial, o TAT-1 também desempenhou um papel importante durante a Guerra Fria. Parte de sua capacidade esteve reservada para uso militar em caso de emergência, o que inclui comunicações entre os líderes dos EUA e do Reino Unido.