Marco Cláudio Tácito assumiu o trono de Roma em 25 de setembro de 275, depois de ser escolhido pelo Senado. Trata-se do último episódio em que os senadores romanos participaram diretamente da escolha de um imperador.
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Nos 40 anos anteriores à nomeação de Tácito, o império enfrentou uma sucessão de usurpadores e imperadores nomeados pelo Exército.
Depois da morte de Aureliano, em 275, os militares romanos convidaram o Senado para escolher o novo imperador. Tácito, um veterano senador de 75 anos, que já havia sido cônsul duas vezes, foi indicado.
Reformas e restaurações de Tácito
Ao assumir o trono, Tácito dedicou-se a restaurar os antigos poderes senatoriais, que haviam sido reduzidos desde o início do Império. Ele garantiu aos senadores prerrogativas substanciais, como a nomeação do imperador, dos cônsules e dos governadores provinciais.
Além disso, os senadores receberam o direito supremo de recurso em todos os tribunais do Império e a direção de alguns ramos administrativos. Esse foi um esforço significativo de Tácito para fortalecer a posição do Senado no governo romano.
O breve reinado do imperador romano e seus sucessores
O reinado de Tácito durou apenas nove meses. Depois de sua morte por febre, em 276, foi sucedido por seu irmão Floriano, que governou por apenas 88 dias antes de ser assassinado. Probo (276-282) assumiu o trono em seguida.
Poucos anos depois, as reformas do imperador Diocleciano (284-305) eliminaram os privilégios restaurados por Tácito ao Senado. A relação entre o Senado e os imperadores romanos sempre foi conturbada, especialmente a partir do fim da República e o início do Império.
Histórico da influência senatorial
Em 18 a.C., Augusto, o primeiro imperador, reduziu o número de senadores de 300 para 60. Nos anos seguintes, o Senado foi gradualmente afastado da administração dos assuntos romanos. A instituição tornou-se menos influente.
Embora o Senado fosse formalmente responsável por conceder o poder aos imperadores, na prática, eles raramente os escolhiam. Isso ocorreu pela primeira vez em 96 d.C., quando Nerva foi o primeiro imperador escolhido pelo Senado. Posteriormente, a participação da instituição nessas decisões foi esporádica.