O assassinato de John Kennedy foi obra de um único homem, Lee Harvey Oswald. Não houve conspiração, nacional ou internacional, no ataque a tiros que matou o presidente dos Estados Unidos no dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas.
Esta foi a conclusão anunciada pela Comissão Warren, em 26 de setembro de 1964. O relatório sobre a morte de Kennedy foi liderado pelo chefe de Justiça Earl Warren e os outros seis membros da comissão que investigou o crime.
O grupo ainda concluiu que Jack Ruby agiu sozinho ao matar Oswald, quando este era transferido de uma cadeia para a outra, dois dias depois da morte de Kennedy. O documento descartou teorias de que os dois homens estariam, de alguma forma, associados.
Relatório descarta conspiração contra Kennedy
As investigações também afirmaram que não houve uma conspiração interna ou que comunistas estivessem envolvidos no assassinato de Kennedy. Contudo, a comissão não apontou um fator determinante para o porquê de Oswald matar o presidente.
O relatório sugeriu que o crime não tinha propósito racional. Oswald, na verdade, apenas expressou, ao seu modo, o sentimento de uma pessoa encurralada pelo isolamento, pela frustração e pelo fracasso.
Entre os fatores que são listados como motivação para o assassinato estavam o “ressentimento profundo contra toda a autoridade”, a vontade de encontrar um lugar na história e seu compromisso declarado ao marxismo e ao comunismo.
Documento reúne relatos de 552 testemunhas
A comissão Warren coletou o depoimento de 552 testemunhas, cuja contribuição ajudou a gerar um relatório de 888 páginas, no qual o ex-fuzileiro naval, que havia desertado para a União Soviética, é indicado como o único responsável pelo crime.
Kennedy foi assassinado a tiros enquanto desfilava com a primeira-dama em uma limusine aberta pela Dealey Plaza. Foram três tiros. Embora alegasse ser um bode expiatório, Oswald jamais teve a chance de provar sua inocência.
Depois de divulgar o relatório, a Comissão Warren publicou, dois meses depois, 26 volumes de documentos de apoio sobre o caso JFK. Todos os registros da comissão foram, então, transferidos para o Arquivo Nacional em 23 de novembro.
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