A Crise dos mísseis de Cuba chegou ao fim em 28 de outubro de 1962, quando o líder soviético Nikita Khrushchev aceitou retirar os mísseis soviéticos de Cuba, em troca da promessa dos Estados Unidos de não invadir a ilha e, secretamente, retirar seus mísseis de Júpiter da Turquia.
Este acordo marcou o fim de 13 dias de extrema tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética, os quais estiveram à beira de um conflito nuclear de proporções catastróficas.
As consequências da crise foram significativas. Em Cuba, a retirada dos mísseis foi mal recebida pelo ditador Fidel Castro, que se sentiu traído, alegando que a União Soviética cedeu às pressões americanas sem consultar a liderança cubana, prejudicando a revolução.
As relações entre Cuba e a União Soviética, embora não rompidas, passaram por uma fase de frustração e desconfiança.
Impacto internacional
No cenário internacional, os aliados europeus dos Estados Unidos, especialmente França e Reino Unido, expressaram insatisfação por não terem sido consultados durante as negociações que envolviam o destino de milhões de vidas.
A falta de comunicação dentro da Otan durante a crise gerou preocupações sobre a autonomia dos países europeus em questões de segurança global, colocando em dúvida o papel dos Estados Unidos como líder confiável.
Internamente na União Soviética, a decisão de Khrushchev também foi controversa. Setores militares e políticos mais conservadores criticaram sua recuada, vendo nela um sinal de fraqueza diante do poder americano. Esses atritos internos contribuíram para sua remoção do poder em 1964.
Depois de sua saída, o governo soviético adotou uma postura mais agressiva, expandindo significativamente seus arsenais nucleares e convencionais, o que intensificou a corrida armamentista durante a Guerra Fria.
Consequência da crise dos mísseis de Cuba
Apesar das tensões iniciais, a Crise dos Mísseis de Cuba gerou resultados positivos a longo prazo. Acordos de controle de armas começaram a ser firmados entre as duas superpotências, incluindo o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares em 1963, que proibiu testes nucleares na atmosfera, no espaço e debaixo d’água.
Esse avanço culminou no Tratado de Não Proliferação Nuclear de 1968, uma peça fundamental para evitar a disseminação de armas nucleares e reduzir as tensões globais.
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