O filósofo inglês John Locke morreu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex, na Inglaterra. Nascido em 1632, em Wrington, ele foi conselheiro do futuro conde de Shaftesbury de 1667 a 1672. Em 1683, mudou-se para a Holanda.
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John Locke retornou à Inglaterra depois da Revolução Gloriosa de 1688. À época, assumiu o cargo de comissário de recursos no país, função que exerceu até sua morte. Suas obras filosóficas tiveram grande impacto no pensamento político e filosófico.
Contribuições filosóficas de John Locke
Na obra Ensaio sobre o Entendimento Humano (1690), John Locke argumenta que o conhecimento se origina da experiência sensorial e introspectiva, o que rejeita as ideias naturais.
Em Dois Tratados sobre o Governo (1690), por sua vez, defende os direitos naturais e uma autoridade política condicionada a servir ao bem público.
As teorias de John Locke influenciaram as revoluções norte-americana e francesa, além da Constituição dos Estados Unidos. Considerado fundador do empirismo britânico, suas ideias moldaram a visão moderna do liberalismo político.
Estado de natureza
O filósofo inglês descreve o estado de natureza como um estado de liberdade e igualdade. Para ele, as pessoas têm direitos naturais, como a vida, a liberdade e a propriedade.
Além disso, John Locke argumenta que os indivíduos formam um governo por meio de um contrato social. Nesse caso, a pessoa cede parte de sua liberdade em troca de proteção de seus direitos. Esse tipo de governo deve ser baseado no consentimento dos governados.
Sobre os direitos naturais, John Locke enfatiza a importância deles, que são inalienáveis e não podem ser retirados pelo governo. A proteção desses direitos é a principal função do Estado.
Separação dos poderes
Embora John Locke não tenha elaborado uma teoria formal sobre a separação dos poderes, suas ideias influenciaram a separação entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O objetivo era garantir que nenhum órgão de governo tivesse poder absoluto.
O filósofo também defendeu a tolerância religiosa. Segundo John Locke, a crença é uma questão pessoal, que não deve ser imposta pelo Estado.
Sua visão de governo, com base no consentimento e na proteção dos direitos individuais, continua a ser um pilar fundamental das democracias modernas.