A Batalha de Mursa Major ocorreu em 28 de setembro de 351, em Roma. Esse confronto foi crucial entre o imperador Constâncio II e o usurpador Magnêncio. O embate tinha como objetivo o controle do Império Romano.
Constâncio, filho de Constantino, desejava restabelecer seu domínio total sobre o império. Ele enfrentava a ameaça de Magnêncio, que havia tomado o poder no Ocidente em um golpe.
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Constâncio enviou Flavius Philippus, seu prefeito pretoriano, para negociar com Magnêncio. Embora a missão oficial buscasse um acordo de paz, a intenção verdadeira era avaliar a força do inimigo.
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Philippus ofereceu uma proposta que permitiria a Magnêncio manter o controle sobre a Gália, mas esta foi recusada. Durante esse processo, Cláudio Silvano, um dos principais comandantes de Magnêncio, desertou. Silvano era membro da tribo franca. Ele levou sua ala de cavalaria para o lado de Constâncio. Essa deserção prejudicou gravemente o Exército de Magnêncio. O embate que se seguiu em Mursa Major foi uma das batalhas mais sangrentas da história de Roma.
Pela primeira vez, as legiões romanas sofreram uma derrota significativa diante da cavalaria pesada. Antes, as legiões eram conhecidas por sua eficiência e disciplina. A cavalaria, no entanto, ganhava cada vez mais importância nos combates. Esse choque marcou um ponto de virada nas táticas militares do império. A transição indicava que a cavalaria começava a superar as legiões.
A batalha de Mursa Major teve implicações religiosas
A batalha não foi apenas militarmente importante, mas também teve implicações religiosas. Magnêncio, em busca de apoio entre os pagãos, restaurou alguns direitos a esse grupo. Constâncio, por outro lado, era um fervoroso defensor do cristianismo.
Ele interrompeu brevemente suas ações militares para fazer um discurso. Eles direcionaram a homenagem a um mártir cristão próximo ao campo de batalha. Esse contraste de posicionamentos religiosos refletiu-se não apenas na condução da guerra, mas também nas políticas internas do império. Com a vitória de Constâncio, ele enfraqueceu Magnêncio de maneira irreversível.
A derrota em Mursa Major significou um golpe significativo para o usurpador, que foi definitivamente derrotado em 353. A batalha consolidou Constâncio como a força dominante no Império Romano e moldou o futuro das forças armadas e das políticas religiosas do império.