Em 3 de setembro de 1976, a sonda Viking II, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), pousou na superfície de Marte, especificamente em Utopia Planitia.
Esse evento histórico, que completa 48 anos nesta terça-feira, 3, foi precedido pelo pouso da sonda gêmea Viking I, em Chryse Planitia, em 20 de julho do mesmo ano.
Ambos os pousos marcaram um avanço significativo na exploração espacial e contribuíram para a compreensão da geologia e atmosfera marcianas. As informações coletadas pelas sondas Viking ainda são referência para estudos científicos sobre Marte.
A história da sonda Viking II
A sonda Viking II foi uma das duas sondas espaciais da missão Viking, da Nasa, cuja principal missão era explorar Marte. Lançada em 9 de setembro de 1975, a Viking II chegou ao Planeta Vermelho em 3 de setembro de 1976, apenas um mês depois da Viking I.
Ambas as sondas foram projetadas para realizar uma série de experimentos científicos, incluindo a análise da superfície de Marte e a busca por sinais de vida.
A missão Viking II consistia em dois componentes principais: o módulo de órbita e o módulo de aterrissagem. O módulo de órbita tinha a função de mapear a superfície de Marte e capturar imagens de alta resolução. O módulo de aterrissagem, por sua vez, tinha a tarefa de pousar na superfície de Marte e realizar uma série de experimentos científicos.
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O módulo de aterrissagem da Viking II pousou na região de Utopia Planitia, uma vasta planície no Hemisfério Norte de Marte. O pouso foi bem-sucedido, e a sonda começou a transmitir dados e imagens da superfície marciana.
- Imagens e topografia: o Viking II forneceu imagens detalhadas da superfície de Marte, incluindo fotos da paisagem marciana, que ajudaram a entender melhor a geologia do planeta. As imagens revelaram características como dunas de areia, crateras e estruturas rochosas, de maneira que ofereceram insights sobre a geologia e a história do planeta.
- Análise do solo: os experimentos realizados pelo módulo de aterrissagem incluíram a análise química do solo marciano. O Viking II realizou vários experimentos para detectar a presença de substâncias químicas que poderiam indicar a presença de vida, mas os resultados foram inconclusivos e não confirmaram a presença de vida no solo marciano.
- Experimentos biológicos: um dos principais objetivos dos experimentos biológicos era procurar sinais de atividade biológica no solo de Marte. Embora alguns dos resultados fossem ambíguos, a maioria dos cientistas acredita que os experimentos não encontraram evidências claras de vida.
Fim da missão em Marte
A missão Viking II foi considerada um sucesso e forneceu grande quantidade de dados que ajudaram a moldar o entendimento científico de Marte. A sonda continuou a operar e enviar dados até 1982, quando a comunicação com a Terra foi interrompida por causa da falta de energia.
O legado das sondas Viking, incluindo o Viking II, foi significativo. Elas foram as primeiras missões a realizar um estudo detalhado de Marte, e suas descobertas ajudaram a preparar o caminho para futuras explorações e missões ao Planeta Vermelho.